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Harmonia se destaca e Colorado deixa boa impressão no retorno ao Grupo Especial

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Iniciando os desfiles da primeira noite, a Colorado do Brás deixou a passarela do samba passando uma boa impressão. Com um bom trabalho de harmonia, a escola demonstrou um canto satisfatório, com um trabalho louvável do carro de som comandado por Chitão Martins e a bateria do mestre Allan. Componentes determinados em apresentar ao Anhembi a força da comunidade, foram peças chaves para o bom desfile que a agremiação do Brás mostrou ao público.

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Mesmo com suas limitações e sendo a primeira vez no principal grupo do nosso carnaval nos últimos 25 anos, a Colorado alcançou o objetivo de passar sem grandes falhas e agradar o público. Com o assumido desejo de permanecer no Grupo Especial a escola foi bem na Avenida. Com fantasias e alegorias bem acabadas e chamativas a escola correspondeu no quesito e pode sim pensar na permanência na elite do carnaval paulistano.

A quebra das correntes marcou o começo do desfile da Colorado do Brás. Formando um grande xirê, o quesito retratou a ligação entre o homem e o mundo espiritual, onde nada pode acorrentar o espírito livre e que só a fé pode trazer o conforto e liberar das algemas. A comissão foi marcada pela presença de orixás, com grandes e tradicionais costeiros. Logo na sequência, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Rhuanan e Ana Paula, representou o nascimento do continente africano. Após a primeira ala, sobre a savana brilhante, veio o primeiro carro da agremiação, todo em tons de vermelho em alusão ao primeiro clipe de Hakuna Matata, tema do enredo da escola, que em sua primeira versão, por um problema no filtro de imagens, foi todo em tons de vermelho.

Abrindo o segundo setor do desfile da Vermelha e Branca do Brás, foram retratados o Kpangolo (uma dança africana), o Ogã Alabê (os donos do ritmo sagrado) e a força e o canto do orixá. Também neste setor, a Ala das Baianas da Colorado representou as jongueiras, com fantasias coloridas fazendo alusão a diversidade presente. O ritual sufi, tradicional dança de giro africana, foi citada logo na sequência, precedendo a segunda alegoria da agremiação. O carro trouxe a mística celebração Kwanza. Nessa celebração, a ideia era utilizar o colorido, também retratado na alegoria, como forma de criar uma atmosfera de amor. O Kwanza é a celebração em forma de agradecimento aos deuses pelo ano que passou.

O terceiro setor do desfile da Colorado tratou de lendas do continente africano e iniciou com uma menção às lendas da savana africana. O trecho do desfile ainda retratou os griôs, os grandes contadores de histórias da cultura africana, através de um grupo cênico, que interagiu com o grande Baobá, retratado através de um elemento alegórico. As lendas de viagem à lua e do leão de asas de cera também foram retratadas no desfile da Vermelha e Branca. O terceiro carro alegórico do desfile da escola do Brás trouxe a Aranha Tecelã para a avenida. A lenda da aranha conta que das teias produzidas pelo animal nasceu o continente africano.

Logo na sequência, espaço para as belezas aquáticas do continente africano. Alas retrataram a beleza dos oceanos e as lendas ligadas aos mares, os nativos das margens dos rios e a água – representada pela ala de passistas da agremiação. Fechando o setor, destaque para a chacaranda, representada na quarta alegoria da escola. Ela é o barco da imaginação, que leva sonhadores a viajar pelos mares e encontrar todo o tipo de magia e misticismo nas águas.

As outras belezas do continente africano foram retratadas no encerramento do desfile da Colorado. O grande sonho da liberdade através dos voos pelos céus, os seres da Terra e o grande ciclo da vida e a natureza tropical presente em solo queniano foram retratados por alas no desfile da Vermelha e Branca. Por fim, teve Rei Leão na avenida. Alas sobre os súditos do rei e uma em especial, fazendo alusão a Timão e Pumba – os guardiões do Hakuna Matata – completaram o desfile da Vermelha e Branca. Por fim, a quinta alegoria da agremiação, celebrando o Hakuna Matata. O carro contou com a caracterização de uma bela floresta tropical, encerrando o desfile da escola do Brás.

Botequim da SASP