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Marcado por problemas, Camisa Verde e Branco homenageou Mário de Andrade!

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Amargando uma temporada de seis anos no grupo de Acesso, o Camisa Verde e Branco foi a quinta agremiação a desfilar. Homenageando Mário de Andrade, a verde e branco da Barra Funda teve muitos problemas em sua parte plástica, as alegorias apresentaram vários problemas no acabamento e falhas na iluminação e suas fantasias estavam mais simples e tinham uma repetição do mesmo material em diversas alas.

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ANÁLISE BOTEQUIM DA SASP

Ao final do desfile, duas alas que estavam atrás da última alegoria estavam sem fantasia, os componentes desfilaram apenas com as chamadas “segunda pele” que geralmente vem embaixo dos costeiros.

A bateria Furiosa foi um dos pontos positivos, a bateria conseguiu sustentar o samba enredo que veio mais cadenciado que o de costume nos sambas apresentados pelas agremiações nos últimos tempos.

A harmonia e evolução foram outros pontos negativos, o canto dos componentes oscilava e crescia em determinadas partes da letra do samba. A evolução foi muito prejudicada ao final do desfile, algumas alas aceleravam demais e os carros, apesar de pequenos, não conseguiam acompanhar o ritmo o que causou buracos e inconstância na velocidade dos componentes.

O Camisa homenageou o poeta Mário de Andrade para tentar retornar ao Grupo Especial com o enredo 100% Camisa Verde e Branco Carnavalizando Mário de Andrade. O Berço do Samba, o Poeta e o Herói na Paulicéia Desvairada terminando o seu desfile dentro do tempo regulamentar.

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PRIMEIRO SETOR

 A comissão de frente do Camisa representou o símbolo da escola, “O trevo é o meu talismã” cantado no samba era a fantasia dos integrantes que rodeavam o integrante que interpretou o homenageado Mário de Andrade. Logo depois o casal de mestre-sala e porta-bandeira oficial da escola representou o berço do samba e foram seguidos do abre-alas que era o celeiro de bambas da Barra Funda – O Camisa Verde e Branco. O início das alas contavam um pouco sobre a história da agremiação, os vendedores de banana, corso e cordões, o muiraquitã – talismã da sorte de Macunaíma (uma das obras do poeta), a realeza da Barra Funda, o tetracampeonato da escola, as memórias da velha guarda.

A partir da ala de número sete, o enredo começa a abordar a vida e obra do poeta. Sua musicalidade, o movimento modernista antropofágico, da Semana de Arte Moderna de 1922, a segunda alegoria mostrou o universo do poeta modernista que Mário era.

SEGUNDO SETOR

O segundo setor continuou contando a vida do poeta, mostrando as cartas, forma que Mário gostava de se comunicar com os amigos, a paulicéia desvairada, a lira paulistana, a meditação sobre o rio Tietê e Macunaíma que foi representada na ala de passistas mirins, na terceira alegoria e no terceiro casal de mestre-sala e porta-bandeira.

TERCEIRO SETOR

As cédulas de dinheiro que circulavam na época em que Mário era homenageado pela Casa da Moeda. As andanças de Mário pelo sertão, os caboclinhos (música para dançar), o divino (música para rezar), o muiraquitã da sorte, a diversidade sonora do Brasil. O quarto casal representou o progresso. O caldeirão cultural do nosso país foi abordado na quarta e última alegoria.

Botequim da SASP