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Mocidade Alegre apresenta visual excepcional, mas peca em Evolução

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A Mocidade Alegre foi a terceira escola a desfilar na passarela do samba, na segunda noite de desfiles do Grupo Especial. A tradicional escola do Bairro do Limão entrou com seu já conhecido conjunto visual de forma sensacional, que arrancou elogios do público. A Morada apresentou alegorias e fantasias que teve um forte destaque no desfile, com materiais variados para o melhor entendimento e beleza de suas alas, mas o desfile da escola teve também suas falhas.

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A escola não soube administrar os seus 65 minutos de desfile e teve que apertar o passo. A quarta e a quinta alegoria já entraram na passarela com o tempo no limite, ambas tiveram que passar com uma alta velocidade junto das alas que estavam entre elas. O quesito evolução pode ter fortes penalizações e deve ter atrapalhado os planos da Mocidade no seu desfile, pois a escola desfilou em alto nível mas teve vários erros no quesito.

Além do visual, outro destaque positivo foi a interpretação de Igor Sorriso, que conduziu o belo samba da escola com extrema maestria, brincando com o público presente nas arquibancadas e dando suporte para a bateria Ritmo Puro, que mostrou porque é considerada uma das melhores baterias do Brasil.

Quem deu um susto em seus componentes foi a presidente da escola, Solange Cruz, que passou mal durante o desfile da escola e precisou ser atendida pela equipe médica no Anhembi, mas foi liberada e seguiu com até o final do desfile, que acabou com 65 minutos.

Com o primeiro setor homenageando o amor do Sol e da Lua e dando sequencia ao nascimento de Aykamaé as águas sagradas, a Comissão de frente da agremiação vieram representando o índio e os mistérios da natureza. Em um místico transe ancestral, o índio se encontra com os sábios guardiões da natureza para vislumbrar os segredos do amor de Sol e Lua já na abertura do desfile. A primeira ala do setor veio acompanhada de um elemento cenográfico representando as forças da natureza, como a Terra, Água, Fogo e Ar e os componentes representando as forças se agitando e algo misterioso que vai acontecer. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Emerson Ramires e Karina Zamparolli vieram representando a doce Jaci, a Lua e o forte Guaraci, o Sol regentes da água e do fogo. A segunda ala do setor veio acompanhada de um elemento cenográfico representando o eclipse e os componentes os Guerreiros do Deus do Trovão. O carro abre alas da agremiação representou o amor impossível de Jaci e Guaraci que foram transformados por Tupã em dois astros, um que brilharia de dia e outro que brilharia a noite. Inconformada com o enlace impossível, a Lua chorou e no meio dos cristais de gelo da cordilheira andina, suas lágrimas escorreram e se tornaram gotas de águas claras nascendo assim o Rio Ayakamaé.

Abrindo o segundo setor, a terceira ala da escola veio representando o ritual Piracema, a dança dos peixes que colore o rio Ayakamaé e em seguida a quarta ala representou os jacarés. A bateria Ritmo Puro entrou na avenida como Guerreiros Manaós-Ajuricaba, que tocam embalados pela beleza e valentia de sua rainha Dinahi representada por Aline Oliveira, rainha de bateria da agremiação. O segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira da agremiação, Diego Henrique e Suellen Farias, vieram representando, o índio Jaguari e Yara, metade mulher e metade peixe. O segundo carro alegórico veio cultuando o Santuário da Vida.

Seguida da ala que representou os orquidários, as Baianas vieram de, Naiá o despertar da Vitória Régia, uma flor das águas. O terceiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da agremiação, Diego Motta e Simone Castro, representaram o mágico bailar do ancestral beija-flor Coaci, a cuidar de sua filha Guanambi, que em flor se transformou. Seguido das alas que representavam, Olhos de Guaraná, As Amazonas e o Encontro Tribal, o terceiro carro da escola representou o poderoso ritual de cura, na reza do pajé, O índio vê um ritual na beira do rio sagrado.

Com a décima quarta ala da agremiação representando os Coletores de Castanha e Açaí, que eram valentes trabalhadores, que tem a vida regida pelas enchentes e vazantes do rio. A ala 16, representou a sedução do Boto, um dos mais famosos contos caboclos das margens do Amazonas. O quarto casal de mestre-sala e porta-bandeira da escola, Uilian Cesário e Natália Lago, a prece cabocla. Já o quarto carro da agremiação homenageou a romaria nas águas ao comando dos navegantes do rio-mar, a procissão trazia um barco pequeno e um barco grande.

Abrindo o último setor da escola, a ala de casais de mestre-salas e porta-bandeiras, representaram a força do amor que fez mover toda a história da escola. A ala que antecedeu o último carro da escola representou o Sol beijando as águas e em seguida o quinto carro representando as águas do eterno amor do Sol e da Lua.

Botequim da SASP