Nascido e criado no bairro da Pompéia, Rodrigo Neves ingressou no carnaval com apenas 14 anos. Desfilou na Águia de Ouro, e dois anos depois foi nomeado do mestre mirim da bateria.
Á partir disso, Rodrigo foi adquirindo experiência no meio musical, até que em 2007, assumiu como mestre da Puro Balanço, bateria da Mancha Verde.
Rodrigo Neves, mais conhecido mestre Moleza, está a frente da bateria vencedora do prêmio Estrela do Carnaval, em 2016, e da única a somar quatro notas 10 nos dois últimos carnavais, a bateria Cadência da Vila. Hoje tal batucada é considerada uma das que mais abusa das bossas, e sobre isso ele afirma: “A ousadia vem da confiança na rapaziada, na segurança em meus diretores e principalmente no planejamento onde todos os ritmistas que vão para Avenida, ensaiam e sabem executar as bossas”. E acrescenta: “Por mais que o regulamento ainda não privilegie quem arrisca, acredito que as bossas motivam e estimulam o desenvolvimento do ritmista, além de agradar os críticos e principalmente o público”.
Mesmo com pouco tempo no carnaval, muitos profissionais nomeados do samba apelidam o Moleza como Mestre do Futuro. “Fico feliz de receber elogios de pessoas consagradas em suas profissões, ou segmentos. Com certeza é um combustível para eu continuar evoluindo, todos os dias. Acordo e peço a Deus para ser um ser humano melhor, o que consequentemente me tornará um profissional melhor. Minha disputa não é com ninguém, é comigo mesmo”.
Além de toda essa influência no mundo do samba, Moleza também é uma personalidade para as baterias universitárias. Anda o Brasil apresentando workshops e julgando diversos torneios entre essas entidades. Cada dia mais, universitários procuram ingressar nas baterias de escolas de samba para adquirir conhecimento rítmico. Hoje, a Cadência da Vila é a bateria com alta quantidade de ritmistas de baterias universitárias, como: Bandida, Pegada Monstro, Swing da Liberdade, Infanteria, BaterECA, Manda Chuva, entre outras.
Perguntado sobre esse segmento, Rodrigo Neves afirmou: “A presença desses ritmistas é muito boa, considero como uma troca de experiências. A rapaziada das faculdades vem trazendo uma renovação, uma postura maior na questão de disciplina, isso se junta com o pessoal da escola de samba, que tem o samba já presente na veia, e dão bons frutos. A junção dessas duas partes é algo muito positivo para os dois lados”.
A Unidos de Vila Maria será a terceira escola a desfilar na noite de sexta – feira, no sambódromo do Anhembi.
“Podem esperar uma bateria unida e muito bem ensaiada. Todos cientes da responsabilidade de sustentar o canto da agremiação. Tecnicamente falando, iremos apresentar arranjos que irão valorizar a melodia do lindo samba-enredo, além de cuidados com detalhes como afinação, equalização e execução. Que nossa Senhora Aparecida nos abençoe e que Deus nos permita colocar em prática tudo aquilo que estamos planejando e idealizando” – Afirmou Mestre Moleza.
