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Apostando em nova característica, Mancha Verde escolhe samba da parceria de Marcelo Casa Nossa para 2018

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Terceira escola do Grupo Especial a definir o samba-enredo, a Mancha Verde escolheu na madrugada deste domingo, 30, o hino oficial para o carnaval de 2018. Após uma eliminatória fechada para a diretoria, quatro obras se apresentaram na decisão e a parceria vencedora foi a de Marcelo Casa Nossa, Sereno, Darlan Alves, R Silva, R Minuetto, Vítor Gabriel e Gui Cruz. A obra será a responsável por embalar o desfile da escola alviverde no ano que vem, quando levará para o Anhembi o enredo “A Amizade – A Mancha agradece do fundo do nosso quintal”, desenvolvido pelo carnavalesco Pedro Alexandre, o Magoo. A agremiação será a quarta escola a desfilar na sexta-feira de carnaval.

A festa para a escolha do samba na Mancha Verde aconteceu no encerramento do Arraiá da agremiação, ocorrido durante todo o mês de julho. Com a quadra recebendo um bom público desde as primeiras horas da noite, quando um telão transmitiu a vitória do Palmeiras por 2 a 0 sobre o Avaí pelo Campeonato Brasileiro, a escolha do samba foi feita pouco depois das três horas da madrugada.

O primeiro samba a subir ao palco foi o da parceria de Armênio Poesia. Contando com Nego (cantor do Camisa Verde e Branco e do Acadêmicos do Sossego) como intérprete, a obra teve um bom desempenho, especialmente no refrão do meio. Alguns segmentos cantaram de forma discreta o hino. Na sequência, a parceria comandada por Xande de Pilares se apresentou. Com Adeílton Almeida (da Imperador do Ipiranga) formando dupla com Xande no microfone principal, a obra contou com poucos torcedores e não teve a resposta dos segmentos, apresentando um rendimento abaixo dos outros finalistas.

Contando com uma gigantesca torcida, a terceira parceria a subir ao palco foi a de Marcelo Casa Nossa. Anunciada como vencedora minutos mais tarde, o samba contou com Igor Sorriso (da Unidos de Vila Isabel) e Darlan Alves (da X9 Paulistana e um dos compositores da obra) como intérpretes principais, além da presença de Sereno (fundador do Fundo de Quintal e compositor do samba vencedor). A obra sacudiu a quadra, contou com o apoio dos segmentos e mostrou as credenciais para a vitória. Última obra a se apresentar, o samba da parceria de Celsinho Mody repetiu a dose do samba anterior e teve um dos melhores rendimentos da noite. Contando com o próprio Celsinho (cantor do Tatuapé) e Chitão Martins (da Colorado do Brás), a obra, assim como a anterior, conquistou membros de diferentes segmentos e teve um rendimento muito satisfatório na quadra. Com isso, a expectativa pelo anúncio do samba só aumentou e pouco mais de 20 minutos após o último samba a se apresentar, veio o resultado.

Em entrevista para a Sintonia SASP, o presidente Paulo Serdan comentou a escolha da escola, que fugiu da característica melódica de anos anteriores. “Se fosse em anos anteriores, talvez a escolha fosse outra. Mas a gente notou que precisávamos levar um samba com uma característica mais para frente, para cima. Nós temos uma comunidade que tem essa característica, muito alegre, muito jovem. Então pensamos que a opção por um samba mais para cima, se encaixa melhor no nosso projeto de carnaval”, comenou.

O carnavalesco Pedro Alexandre, o Magoo, fez coro com o presidente. “Nossa proposta é justamente fugir desse lugar comum. Não é só uma homenagem ao Fundo de Quintal, tem toda uma proposta de enredo diferenciada e todos os compositores que chegaram na final entenderam isso. Foi uma disputa acirrada, muito difícil e agora é trabalhar com esse belo samba para o nosso carnaval 2018. Nos últimos anos, vínhamos com sambas em menor e muita gente até colocava como sambas tristes e a nossa intenção é justamente sair da zona de conforto. É uma aposta e pelo que já vi nessa final, é uma aposta acertada”, disse Magoo, para a SASP.

 

Confira abaixo o samba vencedor na disputa da Mancha Verde:


Compositores: Marcelo Casa Nossa, Sereno, Darlan Alves, R Silva, R Minuetto, Vítor Gabriel e Gui Cruz
Intérprete: Igor Sorriso

NESSE TERREIRO DE BAMBA
EU QUERO MAIS É SAMBAR…
SOU MANCHA VERDE… O SHOW VAI CONTINUAR…
A SUA HISTÓRIA, É O MEU CARNAVAL
OBRIGADO NO FUNDO DO NOSSO QUINTAL

DEBAIXO DA TAMARINEIRA
UM LINDO SONHO SE TORNA REAL
PANDEIRO, CAVACO, TANTAN E REPIQUE
NO PURO BALANÇO, UM BANJO IMORTAL
NA BENÇÃO DA NOSSA MADRINHA
VOU CACIQUEANDO NA AVENIDA
NESSE CASTELO DE CERA
BEBETO É O REI, ESTÁ NUMA BOA

SE ARRUMA IRENE QUE O MAPA DA ALEGRIA
HOJE É NA TERRA DA GAROA

OXÓSSI CAÇADOR, O DONO DA MATA
É FORÇA, AXÉ… SÃO SEBASTIÃO!
OKÊ! OKÊ ARÔ! AO DONO DA MATA
MEU SAMBA É FÉ… É RELIGIÃO!

E NA BATUCADA DOS NOSSOS TAN TANS
SUBLIME POESIA INVADE AS MANHÃS
NESSE PALCO ILUMINADO
NOSSO GRITO, UMA CANÇÃO DE AMOR
UM CANTO DE FELICIDADE QUE AO MUNDO ENCANTOU
A AMIZADE… ETERNIZOU UM LAÇO DE UNIÃO, SOMOS VERDADE
QUERO CHORAR O SEU CHORO
E VER LÁ NO CÉU SEU SORRISO
VALEU POR VOCÊ EXISTIR AMIGO

Botequim da SASP