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Canto da escola e ala musical credenciam a Colorado do Brás a disputa ao título

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A escola Colorado do Brás realizou seu desfile, nesta madrugada de segunda-feira e levantou as arquibancadas do Anhembi, levando o enredo: ‘’ Axé- Caminhos que levam a fé’’. A agremiação apresentou um desfile onde a cultura africana foi cultuada de maneira explicativa e emocionante.

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ANÁLISE BOTEQUIM DA SASP

Entre os destaques, o canto da escola evoluiu positivamente e não sofreu oscilações durante todo o desfile. A ala musical comandada pelo intérprete Chitão Martins, também foi destaque na apresentação da escola. O intérprete já iniciou o samba-enredo da escola com seu famoso grito de guerra ‘’ Prepara o capacete, que lá vem pedrada’’ e levantou todo o público durante o desfile da agremiação.

 

No primeiro ano defendendo o pavilhão da escola juntos, o casal de mestre-sala e porta-bandeira Ruhanan Pontes e Janny Moreno esbanjaram simpatia em sua apresentação e demonstraram leveza e sincronismo durante toda a avenida.

As alegorias e fantasias, se apresentaram luxuosas e criativas em todas as suas composições. A escola não economizou nos detalhes e levou para a avenida alegorias coloridas e bem-acabadas.

A escola que ficou em terceiro lugar no carnaval passado, mostrou que neste ano a técnica apresentada em seu desfile levará a escola a brigar pelo título e por uma posição no Grupo Especial.

PRIMEIRO SETOR

Exaltando a religião africana, Candomblé, a Colorado do Brás iniciou o seu desfile representando a criação. A comissão de frente veio representando, a ligação da materialização da criação da terra. A comissão foi composta por uma tribo que representava a ligação do céu com a terra, como se ligasse Olórun, o Criador aos elementos da natureza. Exu, era o mensageiro que trazia a notícia da Criação e quem apresentou o início de tudo de tudo que estava por vir, tanto se relacionando a comissão de frente, quanto à escola.

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, representaram a criação do continente que é considerada a mãe da existência dos homens, o africano. A alas deste setor vieram representando o guerreiro africano, povos que que lutaram a cada dia para defender o seu continente, a sua cultura e seus antepassados.

Ao chegar no abre-alas, a África foi representada nesta alegoria como seio da vida, a mãe de todos os continentes. Era possível identificar a diversidade de cores e a riqueza da cultura africana.

SEGUNDO SETOR

O segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira representaram os deuses das águas sagradas. A água como mãe da existência, fonte de vida e energia. As alas deste setor vieram representando alguns orixás, como: Nanã, Oxumaré, Xangô e Iansã.

O segundo carro veio representando o banquete ao rei. A alegoria mostra a grande festa anual feita em homenagem ao orixá Obaluae, onde as comidas são servidas em folhas de mamonas.

TERCEIRO SETOR

A alas deste setor vieram representando espíritos ancestrais, os filhos da mãe África, a referência negra e seus costumes e a Bahia de todos os santos.

A ala força do Xirê, representava as casas de candomblé e as referências ancestrais da cultura negra. Xirê significa roda, festa ou dança, que é utilizada para a evocação de cada orixá, com suas características próprias.

A terceira alegoria representava o ritual de limpeza e purificação que acontece em todos os terreiros de candomblé. Com o nome ‘’ É Ebó, É macumba!’’. A alegoria possuía uma grande escultura de uma feiticeira negra saindo de raízes, para mostrar as forças ocultas de todo este ritual.

QUARTO SETOR

O terceiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, representam neste setor o ritual de iniciação, que representa o nascimento dos filhos de santo onde iniciam-se na religião como adeptos ao culto. O casal veio de cabeça raspada, como símbolo deste ritual.

Este setor apresentou um tripé, que trazia uma baiana representando a grande matriarca, onde a mesma veio sentada em um trono. A ala tem xirê representou a grande festa dos orixás cultuados no candomblé, se tornando um grande resumo do enredo.

Finalizando o desfile da agremiação, a quarta alegoria representou os caminhos que levam a fé. Este carro representou a busca pela religiosidade, onde o catolicismo e candomblé se completavam.

 

Botequim da SASP