Os desfiles do grupo especial de Santos aconteceram na noite do último sábado e terminaram durante a madrugada do domingo. Com grandes apresentações, a noite foi marcada por muita emoção, entusiasmo e apreensão.
A primeira escola a desfilar foi a Real Mocidade apresentando o enredo “Da África, a realeza, símbolo de força, garra e nobreza”, a escola que foi a campeã do grupo de acesso em 2017, fez um bom desfile e surpreendeu o público com alegorias altas e com sua comissão de frente que fazia alusão ao orixá Xangô.
Super tradicional no carnaval de Santos, a União Imperial ousou, e fez um dos seus melhores desfiles dos últimos anos. Com alegorias bem iluminadas, fantasias elaboradas e o canto da comunidade forte, a escola apresentou o enredo que contou a saga deusa africana Samba Kalunga. Com a presença de Scheila Carvalho, a ex-dançarina do grupo “É o Than” abrilhantou mais ainda o desfile que pode dar o título para a verde e rosa.
“Foi muito bom, e muito emocionante também, pois há 35 anos eu venho trazendo as baianas no chão, e esse ano não deu. Os diretores, que para mim são uns filhos, me homenagearam me trazendo no carro, isso para mim é uma grande emoção, não tem dinheiro que pague. Peço a Deus que abençoe a todos” – Disse Tia Telma da União Imperial ao portal SASP.
A Brasil no carnaval de 2018, trouxe o experiente carnavalesco Fábio Gouveia para desenvolver seu enredo nesta folia. Falando sobre as canções que marcaram história, a tradicional agremiação apresentou o enredo “Canta Brasil, as canções que você fez pra mim”, na qual prestou uma homenagem a músicas como País Tropical de Jorge Ben Jor, e Aquarela de Ary Barroso, entre outras.
Mas nem tudo foram flores no desfile da Brasil. Segundo a SASP apurou, dois ônibus da agremiação ficaram presos em uma blitz o que dificultou a armação da escola na concentração, além de problemas com destaques no terreno de alegorias. Com 25 minutos de atraso, a escola teve que acelerar o andamento de seu desfile para não perder pontos, e preferiu não realizar a manobra da bateria no recuo. Com a emoção dos componentes estampadas no rosto, o destaque da escola ficou por conta das fantasias bem acabadas, e pela segunda alegoria que trazia uma bonita encenação.
“Tivemos alguns problemas com destaques para estarem subindo, tinham destaques que não tinham chegado, e não estávamos conseguindo localizar, e ouve falhas que serão corrigidas em reuniões que iremos marcar para resolver estas situações” – Explicou Fabrício Bico da Harmonia da Brasil.
A próxima escola a entrar na avenida foi a Sangue Jovem, que homenageou o povo do nordeste com o enredo “Em vida de viajante: A bravura cabra da peste na São Paulo de Nóis Tudim”. Os destaques da apresentação ficaram para a comissão de frente que fizeram uma encenação teatral retratando a vida dura de um nordestino viajante. Com um problema eu sua primeira alegoria na dispersão, a escola teve alguns problemas na evolução.
“O desfile foi emocionante, a alegria, energia do samba e da comunidade, todos os segmentos da escola…De todas as dificuldades que passamos neste carnaval a Sangue Jovem mostrou para gente, como outras agremiações, que a gente supera, briga e sorri. Minha Sangue Jovem foi maravilhosa.” – Falou Chrystian Santos, intérprete da escola.
Sempre com surpresas, a Mocidade Amazonense não fez diferente em 2018, com um carnaval homenageando a princesa Anastácia, a escola do Guarujá apresentou um grandioso desfile, tendo como destaque o bom samba-enredo que funcionou bem na avenida, alas coreografadas, e a bateria que durante o desfile “trocou de roupa” no recuo.
“Foi mega emocionante. Acredito que foi um dos melhores desfiles que a Amazonense já fez, eu estou pasmo, e quase sem palavras para dizer o quanto foi bonito, mesmo com pouco dinheiro conseguimos fazer um carnaval com tanta qualidade, e é de emocionar. Estou muito feliz” – Declarou o carnavalesco Wallacy Vinicyos.
A Vila Mathias em seu desfile apresentou o enredo “A Vila canta o despertar de um povo. Cananéia, o Brasil começa aqui”, que contou com o prefeito da cidade homenageada. Os destaques da apresentação foram a comissão de frente que usou um Drone em sua encenação, e também a ala musical comanda por Chitão Martins. A escola teve alguns problemas em relação a fantasias, como a das baianas durante a avenida, e a cabeça da primeira porta-bandeira que caiu na frente da primeira cabine julgadora.
Penúltima escola a pisar na avenida, a Unidos dos Morros fez um desfile tecnicamente perfeito. Com alegorias bem acabadas, alas coreografas, fantasias bem desenvolvidas, entre muitas surpresas, a escola teve uma boa evolução e fez desfile de “gente grande”. Com o enredo “O bem-me-quer, mal-me-quer dos grandes amores”, a escola desfilou com muitos componentes e preencheu a passarela inteira, destaque para a comissão de frente que arrancou muitos aplausos do público.
” Foi muito legal, e foi uma experiência nova, para mim não foi difícil, foi uma experiência legal pegarmos um samba-enredo que a escola já tinha sido apresentado e escrever um enredo em cima. Espero que tenha dado um bom resultado” – Disse Rubens Gordinho falando sobre o processo de reedição do enredo.
A atual campeã fechou os desfiles de Santos com uma boa apresentação. A X-9 levou para a avenida o enredo “Armorial, a nobreza da arte nordestina do Carnaval”. Com um desfile cheio de cores, a escola apresentou carros alegóricos altos e que faziam movimentos durante a apresentação. O casal Fabiano e Thais também tiveram um desemprenho satisfatório durante a evolução da escola.
A apuração do grupo especial acontece nesta terça-feira a partir do meio-dia no Teatro Braz Cubas. Em breve todas as imagens dos desfiles.