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Dí Quinta Especial – Homenagem ao gênio Laíla

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Versos para celebrar o legado indescritível e inesquecível de Griô Laíla!
Carnavalesco e, acima de tudo, eterno sambista!
Luz e axé em sua passagem, mestre!

Sambista Laíla – Nosso eterno Griô!

Homem negro sambista
Nas ladeiras do Salgueiro que forjaram a nobreza de um popular artista
Harmonia internalizada em movimento
Legado que viveu para exaltar a ancestralidade em todo esplendor do seu maior sentido e sentimento

Herança carregada no peito de vermelha e branca revolução
Alforria através do samba que instigava a resistência através de interior libertação
Griô Laíla flutou do compasso salgueirense
Para a preservação cultural da baixada fluminense

Dentro de constante resgaste da alma nilopolitana
De guerreiros nagôs transbordando poesias de saudade
Levantando a poeira de um país que vive esquecendo da negritude que o invade
Para um ambiente que exala a contemporaneidade da esperança africana

Negro homem de axé e de santo
Negro homem dos ritos pelos corpos e do lirismo dentro de seus encantos
“Mesmo proibido, Rogai por nós”
Mesmo tendo partido, seja eterno dentro de cada carnavalesca voz

O eterno rolo compressor que se transformou em constelação dentro da passarela
Era Trinta, era ele e também era ela
Deusa soberana e maravilhosa
Protegida pela sabedoria tão sagrada de Laíla em turbilhão de talento e pouquíssima prosa

O criador transcende através da colheita de sua criatura
Para quem tanto fez com pouco ou de muito dentro de sua trajetória pela popular cultura
Griô que impõe respeito
Para o verbo do amor por um Carnaval que reproduz o barro, o poema e sua imagem
Obrigado por tanto, mestre Laíla! Muito axé em sua passagem!

 

 

Yuri Coloneze – suburbano, portelense, poeta popular, apaixonado pela festa na fresta e também pelo carnaval de São Paulo!

Botequim da SASP