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Yuri Coloneze traz a grande porta-bandeira Maria Gilsa na coluna “Di Quinta” dessa semana

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Olá, pessoal!

Hoje a coluna “Di quinta” reserva espaço para uma eterna rainha dos riscados paulistas: Maria Gilsa Gomes dos Santos!

Porta-bandeira eterna no coração da Roseira e de todos os amantes da nossa cultura popular!

Essa poesia é uma homenagem para a Rosas de Ouro, seus componentes e seguimentos!

E também uma homenagem para toda sua família. Em especial sua filha, a sensacional porta-bandeira da Mancha Verde, Adriana Gomes!

Porque escola de samba definitivamente é instituição de necessários e inesquecíveis legados!

Boa leitura!

Um estandarte de ouro para sagrada Maria!

Mais uma mulher que era fruto da diáspora baiana
E que mal sonhava em brilhar dentro de riscado azul e rosa
Eternizando um sagrado bailado que desafiava até a força da descrição em mera prosa
E por isso precisa renascer em poesia que o samba emana
Na transição entre nordestinas rodas e as forças da natureza que resgatam toda uma cultura africana

E cedo aconteceu o encanto pelo riscado
Passagens por Itaim, Tucuruvi e X-9 começaram a florescer o seu eterno recado
Para eternizar seu nome lá na roseira e guardar aquele nobre pavilhão com seu nome bordado
E isso definitivamente não aconteceu por mero acaso

A força desse giro condensa toda uma trajetória popular por excelência
O estandarte empunhado era plenitude de toda uma entrega que desenhava sua própria existência
E olha que os deuses do samba não falham nessa vida
A mãe virou constelação e a filha se transformou também em referência
Momento histórico para exaltar a força que um atemporal mastro nos convida

Para não esquecer do legado dessa baluarte
Sorriso pelo brilho em Rosa de Ouro na ponta de seu atemporal estandarte
E assim Maria semeou toda sua passagem
Tradição fundamentada em significado, sentido e imagem
Nossos passos começaram de longe para fortalecer esta sagrada arte da dança
Para que assim cada giro seja capaz de celebrar toda uma artística ancestralidade de esperança

 

 

Yuri Colonezesuburbano, portelense, poeta popular, apaixonado pela festa na fresta e também pelo carnaval de São Paulo!

Botequim da SASP