Fechando os desfiles do Grupo Especial, a Unidos de Vila Maria veio homenageando o México, mas sofreu com problemas técnicos durante sua passagem pela avenida. Um fato incomum tomou conta do início do desfile, a fantasia da primeira porta-bandeira Laís Moreira descosturou ainda no primeiro setor e diante de uma situação tensa a direção da escola optou por retirar a saia da fantasia para que a mesma seguisse dançando ao lado de seu mestre-sala Everson Sena e passou o pavilhão oficial da agremiação para o segundo casal Jéssica Passos e Bruno Mathias que entregou a Laís o pavilhão de enredo.
A forma de julgamento e penalização da escola pela troca dos pavilhões só poderemos saber na apuração, analisando o regulamento e manual do julgador a escola fica comprometida em mais de um quesito.
Depois do ocorrido a harmonia da escola não foi um ponto a se destacar, os componentes estavam tensos. A Vila Maria tinha realizados bons ensaios técnicos, mas claramente a tensão tomou conta das pessoas fazendo com que uma sequência de buracos e efeitos sanfonas ocorressem entre as alas, comprometendo também a evolução. As alegorias apresentaram alguns defeitos na parte dos acabamentos e na parte de iluminação.
A Vila Maria foi a última agremiação a desfilar com o enredo Aproveitam-se de minha nobreza, você não soube, não te contaram? Suspeitei desde o principio! Não contavam com a minha astúcia! ARRIBA, BOLAÑOS! ARRIBA, VILA! ARRIBA, MÉXICO!
PRIMEIRO SETOR
O misticismo da lenda pré-colombiana envolvendo o amor entre Iztaccíhuatl, filha de um poderoso imperador, e Popocatépetl, que prestes a se casar com a princesa foi incumbido pelo imperador a dirigir o exército em uma das batalhas. Na lenda, a princesa recebe a noticia da morte do futuro marido e de deprime. Porém, o exercito do imperador comandado por Popocatépetl vence a guerra e no retorno, a princesa já muito debilitada morre em seus braços. Ao longo de toda a pista, com auxilio de um elemento alegórico, essa encenação foi realizada.
Finalizando o setor, o abre-alas da Vila Maria representando os povos maias e astecas, predominantes no território onde hoje é o México. Destaque para a imponência da alegoria.
SEGUNDO SETOR
O império pré-colombiano, os deuses ameríndios, a arte asteca, a cultura maia e a chegada dos colonizadores no território foram destacadas pelo segundo trecho do desfile da Vila Mais Famosa. A chegada dos espanhóis ao solo mexicano, aliás, foi retratada na segunda alegoria da agremiação. Destaque para a bela caravela na figura central da alegoria, assim como no primeiro carro, imponente.
TERCEIRO SETOR
A cultura e alegria do povo mexicano estiveram presentes no terceiro setor do desfile da Vila. Destaque para os mariacchis retratado em uma das alas – figura extremamente característica do México – e para a fantasia da Cadência da Vila, bateria comandada por Mestre Moleza. Principal personagem na carreira de Roberto Bolaños, fio condutor do enredo, o personagem foi retratado na vestimenta dos ritmistas vencedores do Prêmio Estrela do Carnaval 2016, como melhor bateria de São Paulo.
QUARTO SETOR
No penúltimo trecho do desfile da Vila Maria, a culinária e as artes do México deram o tom. Da guacamole ao cacau e a pimenta, passando por Frida Kahlo, o setor também homenageou a turma do Chaves e o Chapolin Colorado, outro personagem extremamente marcante na carreira de Roberto Bolaños e especialmente conhecido no Brasil.
QUINTO SETOR
Encerrando o carnaval de São Paulo em 2018 no Grupo Especial, o último setor do desfile da Unidos de Vila Maria levou para a Avenida a fé do povo mexicano. Entre alas e a última alegoria, a Festa de los Muertos, a fé em Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira do país, a festividade de Oaxaca e a festa de Independência do país em relação aos espanhóis foram relembradas, finalizando assim o carnaval da Vila Mais Famosa e do Grupo Especial em 2018.
