Compositores: Alexandre Gordão, Sales e Ivo Farias
Intérprete – Celsinho Mody
Sou eu, um criolé nessa avenida
E vivo a saudade do nosso cordão
“Lembranças eu tenho da Saracura”
Do Bixiga que arrastava a multidão
Sou eu… um batuqueiro da raiz, de pé no chão
O preto e branco que enfeita o pavilhão
Na mais linda aquarela
Sou eu, a inspiração em notas musicais
Noventa primaveras em meus carnavais
E até hoje o povo me espera
EU FUI DO ORUN PRO AYÊ, GUERREIRO BABALAÔ
CANTEI O AMOR DE COLOMBINA E PIERROT
FIZ DE TODA VIDA, UM ENREDO
”ACREDITE SE QUISER”, MEU CÉU DE ESTRELAS SE ENFEITOU
Sonhar, foi preciso sonhar
Pra lutar, questionar a intolerância
Meu samba é capaz de transformar
Ao mundo um exemplo de esperança
Ergue tua voz, resgata a tradição
Resiste no teu sangue a superação
Vai-Vai renasce de novo
Nos braços do povo, deixa a lágrima rolar
No calor do asfalto, de corpo e alma, meu DNA
EU SOU VAI-VAI DE TANTOS BAMBAS IMORTAIS
E O VELHO POETA JÁ DIZIA
EU PEÇO A DEUS PRA BELA VISTA ABENÇOAR
ONDE O SAMBA VAI ATÉ RAIAR O DIA