Abrindo a noite de desfiles do Grupo de Acesso I, a Faculdade do Samba Barroca Zona Sul voltou para o grupo este ano e fez um desfile alegre e descontraído para contar a histórias festivais carnavalescos de todos os tempos.
A comissão de frente coreografada por Ricardo Negreiro e Leandro Lion abriu o desfile com uma coreografia bem elaborada para falar dos corsos que foram as primeiras atrações carnavalescas ainda no século XX, os integrantes interagiram com o público durante sua passagem na avenida e receberam toda energia positiva do público. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira Pâmela Yuri e Anderson Guedes assumiu esse ano o primeiro pavilhão e mostrou sintonia e muita simpatia ao desfilar e apresentar o pavilhão da verde e rosa. Estreando também o conhecido intérprete carioca Pixulé, assumiu o comando do carro de som que foi um dos destaques positivos do desfile.
As alegorias da escola estavam com cores fortes e vibrantes, todos apresentavam iluminação, porém alguns refletores passaram apagados, todos apresentaram um bom acabamento assim como as fantasias que estavam com uma fácil leitura do enredo que a escola apresentou.
Apesar dos pontos positivos em harmonia, principalmente, quando a bateria “Tudo Nosso” comandada pelo mestre Acerola de Angola fez um breque que silenciou a bateria por alguns segundos que os componentes seguraram o canto da escola, a evolução foi um ponto negativo no desfile. Após a saída do abre-alas da pista, a escola pecou na evolução, o efeito sanfona e os espaçamentos das alas foi visto nos últimos setores da escola.
A Barroca foi a primeira a desfilar, terminou seu desfile dentro do tempo regulamentar e apresentou o enredo Carnavale… A magia da folia desenvolvido pelo carnavalesco Mauro Xuxa.
PRIMEIRO SETOR
Para falar dos festivais carnavalescos, a Barroca dividiu seu desfile em quatro setores, no primeiro setor a agremiação trouxe uma comissão de frente que representava os corsos carnavalescos que ganhavam as ruas dos grandes centros urbanos e eram atrações no início da era do automóvel, utilizando de um elemento que mostrou esses carros que desfilavam no início do século XX e se tornaram uma das primeiras atrações carnavalescas, os integrantes da comissão interpretavam dois grupos: o primeiro era uma família aristocrata e o segundo os foliões.
O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, representou o sol e a lua com a fantasia Equinócio de Outono que na antiguidade representavam os astros que guiavam a festa dos sonhos, ou seja, o início das comemorações carnavalescas. Após isso a escola fez a coroação do rei dessa festa: o Momo. Uma trupe da folia deu início a uma viagem pelos carnavais nos continentes mostrando os tradicionais personagens dos festivais.
SEGUNDO SETOR
O segundo setor apresentou o carnaval mais longo do mundo o Uruguaio, que é ditado pelo ritmo do candomblé e culturalmente reconhecida como Patrimônio Cultural da UNESCO. A tradicional festa das Mariondas que acontece na Colômbia, a diablada na Bolívia, o carnaval em Trinidad e Tobago, encerrando o setor com a segunda alegoria que mostrava o carnaval em Nova Orleans nos Estados Unidos.
TERCEIRO SETOR
O terceiro setor teve início mostrando o maior carnaval de inverno do mundo realizado no Canadá, o carnaval das máscaras monstruosas na Eslovênia, a farra do entrudo de Portugal, a festividade na Suíça, e os embriagados de alegria na Alemanha. O segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira veio fantasiado como a nobreza do carnaval que participava dos bailes de máscaras. Encerrando o setor com carnaval de Veneza na Itália.
QUARTO SETOR
O quarto e último setor mostrou a batalha das flores na França, o “ritual” do regresso do Sol na Rússia, as festividades africanas e australianas. O terceiro casal de mestre-sala e porta-bandeira representou o carnaval Japonês e o quarto carro falava do brinde ao ano novo chinês. A velha guarda e a volta da bateria encerrou o desfile do barroca que voltou esse ano ao Grupo de Acesso.