No carnaval de São Paulo sempre vimos grandes nomes do carnaval carioca cruzarem a Dutra para fazer sucesso em terras paulistanas. Mas nos últimos anos, estamos vendo um movimento contrário acontecer e profissionais daqui são chamados para atuar no solo sagrado da Marques de Sapucaí. Já tivemos Fredy Vianna, intérprete da Mancha Verde, que já atuou por dois carnavais na Império Serrano, Marlon Lamar, mestre-sala que fez muito sucesso em São Paulo, e hoje brilha como primeiro casal da Portela, ao lado de Lucinha Nobre.
Outro caso de sucesso é da dupla Celsinho Mody e Grazzi Brasil, que juntos brilham como intérpretes oficiais da Paraíso do Tuiuti desde o ano passado. Após o vice-campeonato do Especial em 2018, neste carnaval a dupla foi agraciado com o troféu Plumas & Paetês, um dos mais renomados do Rio, na categoria melhor intérpretes da elite do carnaval carioca. Em depoimento para SASP, Celsinho falou sobre a conquista:
“É muito gratificante pra mim ter esse reconhecimento lá na capital do samba, estou muito feliz por poder fazer o que mais gosto, que é cantar e encantar o público com esse dom que me foi concedido. O samba não tem fronteiras, a prova está nesse prêmio, dois sambistas vindos de São Paulo agraciados no Rio de Janeiro, nem nos meus melhores sonhos eu poderia imaginar isso. Obrigado Grazzi, essa cantora maravilhosa, por dividir esse troféu”, explicou.
O cantor, que desde 2016, defende as cores da Acadêmicos do Tatuapé também falou sobre essa dupla jornada carnavalesca. “Esses dois últimos anos foram muito corridos para estar nos dois maiores carnavais do Brasil ao mesmo tempo. Mas é uma correria boa e com organização, conseguimos conciliar as agendas. Por isso, sempre agradeço as diretorias do Tatuapé e da Tuiuti por acreditarem no meu trabalho, eles terão minha eterna gratidão”.
Vale lembrar que em 2019, Daniel Collete, intérprete da Pérola Negra, foi outro nome do carnaval de São Paulo que brilhou na Sapucaí, como um dos intérpretes da Unidos de Bangu, escola da Série A do carnaval do Rio. Collete é oriundo do carnaval do Rio, atuou como diretor de bateria de algumas agremiações, como a Beija-Flor e Grande Rio, mas foi na terra da garoa que ele surgiu como intérprete.
Foto – Edmar de Deus