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Leia a sinopse da Imperatriz da Sul 2018

Para o carnaval de 2018, a Imperatriz da Sul, apresentará na Vila Esperança o enredo Africanidades! Seu gingado, minha dança…seu batuque minha batucada, que a abordar a influência da cultura africana em nosso país.

A Imperatriz da Sul será segunda agremiação a desfilar pelo grupo 3 da UESP na Vila Esperança no domingo de carnaval.

SINOPSE

As africanidades representam a somatória de diversas características de um ser humano que necessariamente tem origem africana, por exemplo seu modo de viver, de ser, sua culinária, sua música, suas tradições, costumes, suas religiões, sua dança…etc.

Vamos falar da dança e da música a origem africana o que influenciou em nossa cultura de ritmos…. É um pouco de religião relacionado ao canto…e ao batuque!!!

Vivam a ÁFRICA INTENSAMENTE Á PARTIR DESSE MOMENTO.

Depois de uma dura travessia pelo Oceano Atlântico, foram obrigados a mudar sua maneira de viver, adaptando seus costumes e suas tradições ao novo ambiente. Misturando-se aos povos que aqui encontraram, esses negros deram origem à mestiçagem que amorenou a nossa pele, alongou nossa silhueta, encrespou nossos cabelos e nos conferiu a originalidade de gestos macios e andar requebrado. Ao incorporarem elementos africanos ao seu dia-a-dia nas lavouras, nos engenhos de açúcar, nas minas e nas cidades, construíram uma nova identidade e nos legaram o que hoje chamamos de cultura afro-brasileira.

A contribuição do negro para a cultura brasileira vai além da povoação e da prosperidade econômica através de seu trabalho. Vindos de diversas partes da África, os escravos negros trouxeram suas matrizes culturais e transformaram não apenas a sua religião, mas todas as suas raízes em uma cultura de resistência social.

Aqui, vamos abordar alguns aspectos dessa influência – religião, culinária, música e dança…

Religiões Afro-brasileiras

São consideradas religiões afro-brasileiras, todas as religiões que tiveram origem nas Religiões tradicionais africanas, que foram trazidas para o Brasil pelos negros africanos, na condição de escravos. Ou religiões que absorveram ou adotaram costumes e rituais africanos, como o Candomblé e a Umbanda.

Antes da abolição da escravatura em 1888, os negros escravizados fugidos das fazendas, reuniam-se em lugares afastados nas florestas em agrupamentos ou comunidades chamadas quilombos, depois da libertação, os africanos libertos reuniam-se em comunidades nas cidades que passaram a chamar de candomblé. Candomblé é o nome genérico que se dá para todas as casas de candomblé independente da nação. A palavra candomblé a princípio era usada para designar qualquer festa dos africanos.

Umbanda é uma religião brasileira formada através de elementos de outras religiões como o catolicismo ou espiritismo juntando ainda elementos da cultura africana.

A palavra é derivada de “u´mbana”, um termo que significa “curandeiro” na língua banta falada na Angola, o quimbundo. A umbanda tem origem nas senzalas em reuniões onde os escravos vindos da África louvavam os seus deuses através de danças e cânticos e incorporavam espíritos.

A África é o continente com mais religiões diferentes de todo o mundo. Ainda hoje são descobertos novos cultos e rituais sendo praticados pelas tribos mais afastadas. Na época da escravidão, os negros trazidos da África eram batizados e obrigados a seguir o Catolicismo. Porém, a conversão não tinha efeito prático e as religiões de origem africana continuaram a ser praticadas secretamente em espaços afastados nas florestas e quilombos.

É impossível falar da influência dos africanos sem lembrar a herança que eles deixaram para a nossa alimentação. Acarajé, mungunzá, quibebe, farofa, vatapá são pratos originalmente usados como comidas de santo, ou seja, comidas que eram oferecidas às divindades religiosas cultuadas pelos negros. Hoje, porém, são dignos representantes da culinária brasileira.

As negras africanas começaram a trabalhar nas cozinhas dos Senhores de Engenho e introduziram novas técnicas de preparo e tempero dos alimentos. Também adaptaram seus hábitos culinários aos ingredientes do Brasil. Assim, foram incorporados aos hábitos alimentares dos brasileiros o angu, o cuscuz, a pamonha e a feijoada, nascida nas senzalas e feita a partir das sobras de carnes das refeições que alimentavam os senhores; o uso do azeite de dendê, leite de coco, temperos e pimentas e de panelas de barro e de colheres de pau. Você sabia que os traficantes de escravos também trouxeram para o Brasil ingredientes africanos? É o caso da banana, ícone de brasilidade mundo afora e da palmeira de onde se extrai o azeite de dendê.

Enfim… todos os pratos vindos do continente africano foram reelaborados, recriados, no Brasil, com os elementos locais. E haja criatividade e capacidade de improvisação! O dendê trazido pelos portugueses para queimar em lamparinas e iluminar as noites escuras do novo continente logo foi parar na panela das mucamas. “Desde a África elas já sabiam que o azeite podia ser usado nas comidas”.

As influências africanas nas danças do Brasil são marcantes. Os fortes traços deste berço africano no gingado brasileiro. O ritmo, os movimentos e a cultura transmitidos através do corpo.

A música brasileira não seria nada do que é hoje não fosse a cultura afro-brasileira, que através de milhares de anos, conseguiu influenciar e modificar a música popular, influenciando também nas danças e criando ritmos como: O jongo que é uma dança de origem africana. O jongo permitia que os escravos se comunicassem de forma que os senhores e capatazes não compreendessem aquilo que falavam. Por meio dessa dança contavam suas tristezas e sofrimentos.

A roda de capoeira, desenvolvida no Brasil por escravos africanos, é uma forma de expressão cultural que mistura dança, luta, música, jogo. Nela são encenados golpes e movimentos acompanhados por músicas. Os capoeiristas ficam na roda de capoeira batendo palma no ritmo do berimbau e cantando a música enquanto dois capoeiristas jogam capoeira.

Samba de roda é um gênero musical de tradição afro-brasileira. É tocado com pandeiros, atabaques, berimbaus, chocalho e viola.

Maracatu um dos ritmos de tradição africana, que hoje é difundido em todo o nordeste brasileiro, especialmente, nas cidades de Recife e Olinda. É caracterizado principalmente pela percussão forte, que teve origem nas congadas, cerimônias de coroação dos reis e rainhas da nação negra.

As principais características dos africanos são a musicalidade e suas danças compostas por diferentes ritmos e instrumentos. A criatividade proporcionou a criação de vários instrumentos musicais, entre eles podemos destacar o afoxé (xequere), agogô, berimbau e os tambores (atabaques).

Nossa proposta em apresentar como tema a africanidade, tem como sua principal meta destacar a importância do povo africanos e seus costumes em na nossa brasilidade. Mas por outro lado, mostrar a sua rica história, que além de tudo tem muito a enriquecer nossa cultura através das danças ritmos e de sua culinária.

Douglas Campos

Enredista

Botequim da SASP