A Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo (Liga Carnaval SP) realizou na noite da última sexta, dia 8, uma coletiva de imprensa online com seu novo corpo diretivo, que comandará a entidade nos próximos três meses, para falar sobre as mudanças em sua gestão e também sobre as expectativas que cercam o carnaval 2021.
O bate-papo foi comandado pela equipe de comunicação da Liga e contou com a participação de Sidnei Carrioulo, presidente do Águia de Ouro e comandante da gestão provisória, Luciana Silva, presidente da Tom Maior, Paulo Serdan, presidente da Mancha Verde, e profissionais dos veículos especializados na cobertura do carnaval, entre eles, a SASP.
Durante a conversa, que foi transmitida ao vivo pelas redes sociais da Liga, os representantes da entidade explicaram os motivos da mudanças em sua gestão. Segundo o Sidnei, a ideia é para profissionalizar a organização do carnaval como um todo, e para isso, chegou-se a conclusão que é preciso trazer um profissional em administração para conduzir esse processo. Luciana complementou a fala de Sidnei. “Precisamos implementar esse sistema que já é comum dentro das empresas, é importante que possamos acompanhar isso e deixar a coisa mais aberta”.
Paulo Serdan falou sobre a ideia de trazer o público para perto do carnaval. “Acho que nos últimos anos a gente maltratou demais o nosso público, tivemos um crescimento nos camarotes corporativos e isso começou a parecer que queremos o carnaval do camarote, e não é isso. Nós queremos o carnaval da arquibancada, com o nosso povo tendo condições de assistir”, completou.
Outro assunto falado foi sobre a possibilidade de ter ou não carnaval em 2021, por conta da pandemia do coronavírus, que vem assustando o planeta nos últimos meses. Segundo os gestores, as escolas estão seguindo com seus projetos para 2021, porém ainda não há certeza sobre o adiamento ou não realização do evento, pois isso dependerá do aval das autoridades de saúde. “Caso não tenhamos carnaval em 2021, todo esse trabalho que já está sendo feito pelas escolas será usado em 2022, neste momento nossa obrigação é cuidar de vidas”, afirmou Sidnei.
Pensando em um cenário sem carnaval, a SASP questionou os gestores se as escolas de samba estão preparada para viver um ano sem desfiles, por conta de custos de manutenção de suas estruturas, e também se há algum ideia de ajudar os profissionais que vivem exclusivamente do carnaval neste período.
“Algumas pessoas que criticam o carnaval, não pensam na quantidade de empregos que ele gera, temos uma infinidade de pessoas que estariam começando o trabalho para 2021, mas infelizmente estão paradas por conta da pandemia. Nós já determinamos prazos para as ações pra que se tenha condições de manter as escolas, caso não tenha carnaval, e também poder ajudar esses profissionais que já foram contratados”, explicou a presidente Luciana.
Confira abaixo o bate papo na íntegra:
