Morreu na noite da última quarta, dia 3, o intérprete Melquisedeque Marins Marques, popularmente conhecido como Quinho do Salgueiro, uma das maiores vozes da história do carnaval brasileiro. O cantor tinha 66 anos, lutava contra um câncer de próstata e foi vítima de uma insuficiência respiratória.
Quinho fez história na cultura brasileira. Começou no carnaval na época que era feirante, cantando do Bloco Boi da Ilha, na Ilha do Governador. Sua irreverência chamou atenção de Aroldo Melodia, cantor da União da Ilha, que o convidou para fazer parte do carro de som da escola. Anos mais tarde, assumiu o microfone oficial da escola e chamou a atenção do mundo do samba ao cantar Festa Profana, no carnaval 1989.
Em 1991, migrou para o Acadêmicos do Salgueiro e lá entrou para história da música popular brasileira ao cantar o famoso “Explode coração…”, no carnaval de 1993, considera um dos sambas-enredo mais cantados de todos os tempos. Além da Ilha e Salgueiro, no carnaval carioca ele desfilou pela Grande Rio, Império da Tijuca e Acadêmicos de Santa Cruz.
No carnaval paulistano, cantou na Mancha Verde, na época em que a agremiação ainda era bloco. Em 2000, foi contrato pela Rosas de Ouro a peso de ouro, cantando com exclusividade em São Paulo. Passou também pela Unidos de Vila Maria e Unidos do Peruche.
O velório do cantor acontecerá nesta quinta, dia 4, durante todo o dia, na quadra do Acadêmicos do Salgueiro.
