Morreu na tarde desta terça-feira, dia 31, no Rio de Janeiro, o carnavalesco Roberto Szaniecki, aos 63 anos. O artista estava internado há 15 dias no Hospital Miguel Couto, e sofria de Diabetes, além de lutar contra a depressão. A causa da morte não foi informada pela unidade hospitalar.
Nascido na Polônia, Szaniecki mudou-se para o Rio de Janeiro, ainda na infância, teve seu primeiro contato com o carnaval com colando espelhos nas alegorias da União da Ilha do Governador, escola do bairro em que residia. Anos depois, tornou-se assistente de Max Lopes, na Mangueira, vencendo o carnaval de 1984, que marcou a inauguração do sambódromo carioca. Como assistente, passou ainda pela Unidos de Vila Isabel e União da Ilha.
Seu primeiro carnaval como carnavalesco foi em 1993 pela Unidos da Ponte, que desfilou na elite do carnaval carioca. De lá pra cá, passou por diversas agremiações, como Salgueiro, Grande Rio, União da Ilha, Estácio de Sá, Mangueira, Portela, Inocentes de Belford Roxo. Em São Paulo, conquistou dois títulos no grupo Especial, o primeiro pela Gaviões da Fiel, em 1999, quando a escola levou para o Anhembi o enredo O Príncipe Encoberto ou a Busca de Dom Sebastião na Ilha de São Luís do Maranhão e outro pela Império de Casa Verde, em 2006, com o enredo Do Boi Místico ao Boi Real – De Garcia D´Ávila na Bahia ao Nelore – O Boi que come capim – A Saga pecuária no Brasil para o Mundo. Ainda atuou na Tom Maior e na Nenê de Vila Matilde, seu último grande trabalho no carnaval, em 2016.
Nos últimos anos, o artista vinha sofrendo com diversos problemas de saúde. Em 2020, sambistas do Rio e São Paulo se organizaram para montar um vaquinha virtual com intuito de arrecadar fundos para o tratamento do carnavalesco, que passou por uma delicada cirurgia vascular.
