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Neninho é o novo mestre da bateria Ritmo Terror do Pérola Negra

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Pouco mais de duas semanas após a eleição que definiu a nova diretoria do Pérola Negra, a escola anuncia sua primeira contratação para equipe que desenvolverá o carnaval 2018, quando desfilará pelo grupo de Acesso do carnaval paulistano. Trata-se do mestre Fernando Neninho, que assumirá o comando da bateria Ritmo Terror no lugar de mestre Adamastor.

“Estou muito feliz com minha nova jornada, muito feliz com a aposta da nova diretoria. Trabalho não vai faltar nesses próximos meses, vou retribuir ao máximo o esforço que fizeram para me trazer para escola. Vamos colocar uma indenidade na bateria Ritmo Terror (#swingdaMadá) e conto com o apoio de toda comunidade da escola nessa transição. Em breve auxiliaremos as datas de ensaio e escolinha”, disse Neninho em mensagem enviada à SASP.

Depois de quatro temporadas comandando a bateria do Camisa Verde Branco e de conquistar vários prêmios da crítica especializada, entre eles o Estrela do Carnaval, como melhor bateria do Acesso em 2016 e 2017, Neninho chega ao Pérola Negra com o desafio de ajudar a escola a voltar ao grupo Especial em 2019. Em sua fan page oficial, a escola da Vila Madalena comemorou a chagada do novo mestre: “Seja muito bem-vindo a nossa escola, mestre! Você será peça chave em nossa caminhada rumo a vitória”, disse trecho da nota.

Fernando Moreira é o exemplo vivo de sambista da casa. Nasceu e cresceu dentro da quadra do Camisa Verde e Branco, filho do Mestre Neno, um dos mais importantes da história da escola. Fernando fez seu primeiro desfile em 1992, com apenas 2 anos de idade, quando desfilou no colo do seu avô e Padrinho, Pelezão:Já em 1994, com 4 anos, eu entrei para bateria tocando repinique, mas só toquei metade do desfile, porque eu comecei a chorar (risos). O Mestre Sombra estava do lado acompanhando, e como ele é muito ligado a minha família, fui pro colo dele e assim terminei o desfile”, disse o mestre em entrevista feita pela SASP antes do carnaval 2017.

Neninho cresceu, se profissionalizou na música, em 2014 foi chamado para ser Mestre de bateria do Camisa Verde e Branco: Meu primeiro ano como mestre foi muito difícil, tinha muitas dúvidas em saber se iria seguir o mesmo estilo do meu pai ou fazer algo diferente, porque estava vindo da Bateria do Império. Tinha um pouco de desconfiança da comunidade”. Mesmo não conseguindo o acesso ao grupo especial, a Furiosa foi bastante elogiada pela batucada apresentada e ganhando o Troféu Nota 10, realizado pelo Diário de São Paulo, como melhor bateria do grupo de acesso de São Paulo: “No meu ano de estreia, fiz algumas coisas que hoje eu não faria, acho que eu passei do ponto por ser o primeiro ano. Mas consegui arrumar a casa com um bom trabalho”.

Ele  também comentou sobre as comparações feitas com o seu pai: “Existe muita comparação com o meu Pai, nossa senhora, tem gente que prefere a bateria na época do Neno. A minha bateria tem uma diferença muito grande da dele, o jeito de conduzir, a formação, etc. São outros tempos, a mesma coisa você comparar um jogador de futebol de agora com um dos anos 80, não da, as coisas mudam”. E acrescenta: “Ser filho do Neno só agrega ao meu trabalho, meu pai é um cara que tem muito fãs no mundo do samba, e acho que as pessoas ficam felizes em saber que o filho dele está dando continuidade”, finalizou.

 

Botequim da SASP