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Plástica e módulo musical foram marcantes na homenagem da Vai-Vai ao cantor Gilberto Gil

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Quarta agremiação a desfilar no segundo e último dia de desfiles a Vai-Vai fez um desfile solto e alegre para homenagear o cantor e compositor Gilberto Gil. As arquibancadas, como em todos os anos, veio ao delírio com o desfile da escola do Bexiga.

A única agremiação em São Paulo que tem como intérprete uma mulher mostrou que não errou em sua aposta, Grazzi Brasil foi um dos destaques positivos da passagem do Vai-Vai, mesmo dividindo o microfone com o também intérprete Gilsinho, Grazzi foi ouvida e aplaudida por todas as arquibancadas do Anhembi.

VEJAS AS FOTOS DO DESFILE

ANÁLISE BOTEQUIM DA SASP

A tradição da Vai-Vai não foi deixada de lado, a escola do povo trouxe o maior contingente entre as onze escolas que já desfilaram, alas com fantasia muito bem acabadas, a escola trouxe em seu primeiro setor a religiosidade do cantor. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira Reginaldo Pingo e Paulinha Penteado também se destacou pela bela fantasia e desenvoltura na pista. As alegorias também chamaram a atenção por retratar claramente a vida e obre de Gil, que veio na última alegoria como de costume nos desfiles de homenagem.

A Vai-Vai apresentou o enredo Sambar com fé eu vou! e terminou seu desfile dentro do tempo regulamentar, tendo acelerado o seu andamento nos últimos minutos do desfile.

PRIMEIRO SETOR

As lembranças da infância de Gilberto Gil marcaram o primeiro setor do desfile do Vai-Vai. A fé que embala as rezadeiras nordestinas e que serviu de inspiração e primeiro contato de Gil com a música foram representadas. Muito ligado às questões religiosas, o homenageado acredita e tem fé em um país melhor e, por isso, a comissão de frente da escola veio representando os pilares para a construção de um novo país, melhor e mais justo. Logo na sequência, Pingo e Paulinha Penteado vieram representando O Sagrado.

Ainda com essa temática, a Ala das Baianas veio paramentada em homenagem às rezadeiras nordestinas. Por fim, o primeiro carro alegórico encerrou o setor retratando a infância de Gil e sua ligação com a fé em uma gigantesca alegoria composta por três bases acopladas.

SEGUNDO SETOR

Os primeiros movimentos artísticos e musicais de Gilberto Gil seguiram relembrados no segundo setor da escola. A passagem da infância ao lançamento de seu primeiro álbum foi lembrada, além da importância do movimento tropicalista e da bossa nova na carreira do cantor e suas parcerias no mundo musical.

TERCEIRO SETOR

A terceira parte do desfile do Vai-Vai retratou o período em que Gilberto Gil e a cultura brasileira conviveram com o período da ditadura militar no Brasil. O exílio de Gil na Inglaterra, a voz que clamava por liberdades – de expressão, cultural, de direitos e todas as garantias fundamentais que foram cerceadas através do regime. Destaque para a retratação do período da Tropicália em uma das alas da escola, que esbanjou colorido na indumentária.

QUARTO SETOR

No penúltimo trecho do desfile do Vai-Vai, espaço para Gil como incentivador e representante da cultura brasileira. Ministro de um dos governos do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, o homenageado teve além desse período como representante no Estado, outros pontos ressaltados como de incentivo à cultura em sua carreira. Cinema, músicas infantis e obras consagradas foram relembradas nas alas da Escola do Povo, além da série de prêmios nacionais e internacionais conquistados por Gil ao longo da carreira.

QUINTO SETOR

Encerrando o seu carnaval, o Vai-Vai retorna com suas atenções para a fé e as manifestações religiosas que tem ligação com Gilberto Gil. A fé nas crenças, nos orixás, em falar com Deus (como a própria canção de Gil marcou a história), a fé na Bahia, nos filhos de Ghandy e, claro, na busca pela paz. Finalizando o carnaval da agremiação, a última alegoria trouxe o todo o simbolismo dos filhos de Ghandy e das religiões de matriz africana, encerrando com o axé de Gil o carnaval da escola mais popular de São Paulo.

Botequim da SASP