Na oitava reportagem da série “Por dentro dos Enredos“, vamos conhecer um pouco mais do que a Tom Maior levará para o Anhembi em 2018. Na busca pelo primeiro título do Grupo Especial de sua história, a Vermelha e Amarela aposta na história de duas imperatrizes, a austríaca Carolina Josefa Leopoldina e a escola de samba coirmã carioca Imperatriz Leopoldinense.
Escrita em forma de carta, a sinopse da Tom Maior foi desenvolvida pelo carnavalesco Cláudio Cebola, que há algumas semanas foi desligado da agremiação pela diretoria da Vermelha e Amarela. Carolina Josefa Leopoldina é a primeira das homenageadas no enredo da Tom, que aborda a imperatriz austríaca a partir do momento de sua partida da Europa a bordo da imponente Nau D. João VI, com destino ao Brasil.
A travessia do Atlântico, a saudade do continente europeu e a expectativa pela chegada ao Brasil serão retratadas no começo do desfile da Vermelha e Amarela do Sumaré, que hoje ensaia no Piqueri. Momentos históricos para o país e que foram vividos pela imperatriz também serão retratados, como: o grito de Independência de D. Pedro às margens do Rio Ipiranga. O sofrimento e a tristeza da partida da imperatriz, após a traição de Pedro com a Marquesa de Santos, será o ponto de virada das homenagens.
Lembrada nos trilhos do Rio de Janeiro, a imperatriz também deu nome a uma das potências do carnaval brasileiro. Dona de oito títulos do Grupo Especial do carnaval carioca, a Imperatriz Leopoldinense terá relembrados, no Anhembi, seus maiores momentos na Passarela do Samba do Rio. Dos artistas que marcaram história na escola, como os carnavalescos Arlindo Rodrigues e Rosa Magalhães, aos sambas e desfiles históricos da agremiação. O desfile da Tom, aliás, deve contar com as presenças de figuras que ainda compõem o quadro da agremiação. Dentre os homenageados presentes no desfile que encerra a primeira noite do carnaval no Anhembi, estão: o presidente da Imperatriz, Luiz Pacheco Drummond; as filhas do presidente e integrantes da diretoria, Simone e Nathália Drummon; o carnavalesco da escola, Cahê Rodrigues; as lendas Chiquinho e Maria Helena; o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Thiaguinho Mendonça e Rafaella Theodoro; o intérprete Arthur Franco; o diretor de carnaval, Wagner Araújo, e o diretor de harmonia, Júnior Escafura.
Com o enredo “O Brasil de duas imperatrizes. De Viena para o Novo Mundo, Carolina Josefa Leopoldina. De Ramos, Imperatriz Leopoldinense“, idealizado pelo ex-carnavalesco da escola, Cláudio Cebola, e que desde o mês passado é desenvolvido pelo recém-contratado carnavalesco André Marins, a Tom Maior será a sétima e última escola a desfilar na sexta-feira de carnaval, no Sambódromo do Anhembi.
Na próxima segunda-feira, 30, a série “Por dentro dos Enredos” continua. Será a vez de conhecer um pouco mais sobre o que a Nenê de Vila Matilde levará para a Avenida no próximo carnaval.