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Por dentro dos Enredos: Com alma caipira, Dragões quer abrir a porteira para o título inédito

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Na vigésima primeira e última reportagem da série “Por dentro dos Enredos” vamos apresentar um pouco mais sobre o que a Dragões da Real levará para o Anhembi em 2018. Após ver a chance de soltar o primeiro grito de campeã do Grupo Especial escapar na última nota em 2017, a “Escola de Gente Feliz” é uma das principais postulantes ao título e aposta na história da música sertaneja para, enfim, conquistar o primeiro título na elite do carnaval paulistano.

Dividido em cinco modas de violas, o desfile da escola mais jovem do Grupo Especial irá explorar a inspiração para as composições do gênero sertanejo, o cotidiano caipira que é transformado em versos para as famosas canções, a cultura, a moda caipira e o romper das fronteiras desse estilo, que a cada dia que passa ganha mais adeptos.

O primeiro setor do desfile da Dragões, a inspiração. Na sinopse desenvolvida pela comissão de carnaval, a música sertaneja é indicada como fruto de uma linda relação entre a terra e homem do campo. A terra é a fonte de sustento de milhares de pessoas pelo interior do país e fonte de inspiração para as cordas de violas cantarem o cotidiano caipira e o amor às raízes. Os sons oriundos do campo, como o canto do galo ao anunciar um novo dia, o som da roda de carreta, a enxada batendo na terra, os sons dos animais inspiram para a criação das composições, que as deixam tão naturais como o lidar do caipira com sua terra.

Na sequência, o cotidiano do caipira. Nesse trecho do desfile, será possível observar recortes bastante característicos do campo. Plantações, espantalhos e os sabores da culinária caipira, do fogão de lenha que produz deliciosas receitas, como: pamonha, leitão a pururuca, vaca atolada e frango caipira.

A parte cultural do universo caipira, entra no terceiro setor do desfile da Dragões. Com o passar dos anos, a música caipira ganhou o espaço na indústria fonográfica. A maior influência surgiu das cantigas católicas, entoada nas festas religiosas e na forte ligação com a Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. As ligações da música sertaneja com as festas regionais no Brasil serão retratadas nesse trecho do desfile.

No início, a música sertaneja era vista com desdém e preconceito. Mas com o sucesso pelas rádios, em especial com as duplas da década de 90, o gênero ganhou o Brasil. Contando os causos do dia a dia e as desilusões amorosas, liderou os rankings das rádios e foi trilha sonora de filmes e novelas de sucesso na história da teledramaturgia brasileira.

Por fim, uma homenagem aos poetas mais se notabilizaram no cenário do sertanejo. A música caipira, que iniciou como uma narrativa do homem do campo, é internacionalmente conhecida, bem como seus frutos, que hoje dominam as paradas de sucesso. E por mais que os tempos sejam outros, o desfile da Dragões será finalizado com uma homenagem às músicas e artistas mais marcantes da história do sertanejo.

Com o enredo “Minha música, minha raiz. Abram a porteira para essa gente caipira e feliz“, desenvolvido pelos carnavalescos Dione Leite, Márcio Gonçalves e Rogério Félix, a Dragões da Real será a sexta agremiação a desfilar no sábado de carnaval, no Sambódromo do Anhembi.

Nesta quinta-feira, 30, a série “Por dentro dos Enredos” chega ao seu final. Será a vez de conhecer um pouco mais sobre o que a atual campeã do Grupo Especial, Acadêmicos do Tatuapé, levará para a Avenida no próximo carnaval

Botequim da SASP