Os três quesitos que formam o módulo dança são: Comissão de frente, Mestre-sala e Porta-bandeira e Evolução. As cabines de julgamento para deste módulo se encontram nas torres de número: 3, 4, 6, 7, 8 e 10.
COMISSÃO DE FRENTE
O primeiro contato que o público e os jurados têm em um desfile de escola de samba é com a comissão de frente. Ela é uma ala composta por no máximo quinze pessoas vestidas com trajes iguais ou variados, de acordo com a sua proposta da agremiação, tendo como função principal, saudar o público e apresentar a escola de samba que está desfilando. Ela pode estar ou não inserida no contexto do enredo e deve a todo momento manter a ligação com o cortejo do desfile.
Plasticamente falando, ela é a perfeita integração visual com a técnica utilizada pela proposta coreográfica. O jurado deste quesito também deve se atentar e julgar a uniformidade e a integridade dos componentes da comissão (se o figurino que está sendo apresentado no desfile é compatível ao entregue anteriormente na pasta dos jurados). Lembrando que como em todos os outros quesitos os componentes só podem ser julgados do momento em que pisam na faixa amarela que indica o início do desfile até o momento que cruzam a faixa amarela que encerra a passagem do componente pela avenida.
MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA
Os guardiões dos pavilhões das escolas de samba devem ser respeitados pela responsabilidade de proteger, apresentar e bailar com o símbolo máximo da agremiação que defendem. Uma escola pode ter mais de um casal, porém o único que é julgado é o que ostenta o pavilhão oficial da escola, geralmente o casal é o primeiro na montagem da escola, mas isso não é uma regra, o jurado julgará o casal oficial independente da posição do mesmo do desfile.
Algumas regras seguem esse quesito, e elas quando não cumpridas (assim como em todos os quesitos) fazem com que a nota do casal seja diminuída. Uma das diferenças dos demais quesitos é que essa nota é defendida apenas por duas pessoas, sendo as outras enquadradas de uma forma mais ampla a escola como um todo. A integração do casal é fundamental e obrigatória, os dois não podem verbalizar durante o desfile e sua sintonia e entendimentos devem ser feitos com o olhar. As reverências ao estilo da dança do casal se baseiam no Minueto (dança a dois).
A porta-bandeira devem se portar com elegância, simpatia, suavidade, leveza e postura. Seu pavilhão deve estar sempre desfraldado nos momentos dos seus giros e ela, a porta-bandeira não pode deixar o pavilhão enrolar no seu corpo ou no próprio mastro. O mestre-sala como guardião deve protege-la e apresentar com ela o símbolo máximo da sua agremiação ao público e aos jurados, com passos tradicionais e giros, meneios, mesuras, meias-voltas e torneadas executando movimentos completos de proteção do pavilhão nos sentidos horários e anti-horários não necessariamente na mesma sequência.
EVOLUÇÃO
A evolução tem sido um dos quesitos mais falados e discutidos nos últimos desfiles paulistanos, as escolas têm estudado e trabalhado cada vez mais para que a nota de evolução não seja um problema na hora da classificação da escola na apuração.
A evolução significa o perfeito deslocamento do cortejo de uma agremiação do início ao final do desfile. Nesse quesito alguns pontos são colocados como pontos de avaliação, sendo eles:
Expressão Corporal dos componentes (basicamente os movimentos de braços, pernas e quadris dos desfilantes), em perfeita sintonia com movimentos descontraídos;
Variação da Velocidade no desfile (ou seja, quando os movimentos rítmicos dos componentes sofrem variações significativas em sua velocidade do início para o final do cortejo);
Invasão de Alas (alas que atravessam o perímetro da ala a sua frente no cortejo);
Choque de alegoria no componente e/ou choque do componente na alegoria se a alegoria encostar em algum componente da Ala da frente, Destaque de Chão ou se o componente ou destaque de chão encostar na Alegoria;
Buraco a variação no espaço entre alas, alegorias, elementos cenográficos e destaques de chão, deverá ser constante durante todo o tempo em que a agremiação estiver em seu campo de julgamento;
Efeito Sanfona quando uma parte da ala se movimenta e a outra parte fica parada e depois a parte que estava parada se movimenta e a outra parte torna-se a ficar parada.