A Rosas de Ouro teve a responsabilidade de encerrar o principal grupo de desfiles do carnaval de São Paulo. A Roseira teve como destaque a sua bateria, comandada por Mestre Rafa Oliveira, que manteve a sua tradicional ousadia, executando muitas bossas durante toda sua apresentação e mostrando um grande entrosamento com a ala musical de Royce do Cavaco. Quem reinou na Bateria com Identidade foi Ana Beatriz Godoi, a musa fez sua estreia como Rainha de Bateria.
Com o enredo “Tempos Modernos” representando a quarta revolução industrial, a entidade levou para o Anhembi diversos profissionais da robótica e automação, que foram responsáveis pelos aparatos tecnológicos presentes na pista, como um robô que entregava baqueta aos ritmistas da bateria. Vale ressaltar o canto da comunidade, que novamente mostrou que é um dos trunfos da azul e rosa.
O ponto preocupante do desfile da Roseira foi no quesito alegorias. Alguns carros apresentaram falhas de acabamento, que é um dos pontos de balizamento presentes no manual do julgador dentro do quesito. Confira os detalhes setor a setor:
PRIMEIRO SETOR
A abertura e o primeiro setor da escola se iniciou com a comissão de frente, que coreografada por Helena Figueira representou o robô ROXP4 que começa a criar em sua mente artificial, questionamentos da capacidade humana em relação a sua capacidade. Ao encontrar um livro chamado “Tempos Modernos” ROXP4 embarca em uma grande viagem pelas revoluções industriais, ate chegar a quarta revolução, tema do desfile da Roseira.
O casal de Mestre Sala e Porta Bandeira, formado por Everson Sena e Isabel Casagrande apresentou um belo bailado na avenida. A fantasia do casal representou a inovação tecnológica, que para ROXP4, chegou para substitui-lo. A “Bateria Com Identidade” comandada por Mestre Rafa, representou o 5G. Com o 5G ditando o ritmo das conexões cibernéticas, a escola fez uma relação com sua bateria, que dita o ritmo da Rosas de Ouro nos desfiles.
SEGUNDO SETOR
O segundo setor da escola trouxe em suas alas e alegorias, o crescimento das máquinas e a substituição da mão de obra humana, roubando o protagonismo humano sobre os meios de produção industrial. A escola deixou o recado e o aviso, de que as maquinas dominarão o mundo.
TERCEIRO SETOR
O terceiro setor da Rosas de Ouro abordou as primeiras revoluções industriais e o deslocamento do homem para os grandes centros empresariais, com as fabricas de tecelagem tomando proporções maiores na Inglaterra. A escola também apresentou a força em que os Estados Unidos chegaram para a segunda revolução industrial e a invenção do telefone, aparelho mais tecnológico durante anos na sociedade mundial.
QUARTO SETOR
A Rosas contou a transição da segunda para a terceira revolução industrial, período com mais novidades de tecnologia em toda a história. O fordismo, o carro movido a gasolina, o radio e a televisão chamaram a atenção do publico com a representatividade desses elementos em todo o setor da escola,
QUINTO SETOR
No último setor, a Rosas trouxe o presente e o futuro para a avenida, o comercio sendo modernizado com códigos QR’s, a chegada da internet a aparelhos sem ser celular e computador e toda a facilidade e inovação que a revolução 4.0 traz para a sociedade.
Finalizando o desfile, a escola mostrou a convergência do mundo físico, biólogo e digital. Apresentando ao público inovações jamais vistas e que futuramente farão parte do nosso dia a dia. Nesse novo tempo, a escola apresentou a dificuldade e a adaptação do homem a conviver com máquinas ultra inteligentes e independentes.