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“Samba com a Mãos – Prefeitura promove inclusão de pessoas com deficiência auditiva no carnaval

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Por Fábio Parra

Iniciado em 2016, o projeto Samba com as Mãos, da SMPED (Secretaria Municipal das Pessoas com Deficiência) dispõe de um serviço de tradução, em LIBRAS – Linguagem Brasileira de Sinais – para o público de surdos presente no Sambódromo durante os desfiles das escolas de samba do Grupo Especial.

Para este carnaval de 2019, a equipe do secretário Cid Torquato convidou as agremiações para que indicassem um representante de cada uma, para auxiliarem os intérpretes de LIBRAS. Tal necessidade se dá pelo fato de os sambas de enredo possuírem, costumeiramente, traços poéticos específicos, além de expressões idiomáticas, palavras em línguas africanas e indígenas, o que pode dificultar uma tradução fiel da mensagem de cada escola, no caso de uma tradução literal.

O grupo de trabalho formado vem se esmerando para que o resultado seja o mais eficiente possível, no sentido de facilitar o trabalho dos intérpretes de LIBRAS, que farão seu trabalho presencialmente no desfile, além da exibição de clipes dos sambas em LIBRAS em monitores de vídeo e telões no sambódromo.

A inclusão de surdos no carnaval paulistano não é novidade: Em 2005, o abre-alas da campeã Império de Casa Verde, que era uma nave, tinha uma encenação com jovens atores do grupo de teatro Sete Faces, liderados por Francisco de Assis, fantasiados de astronautas e interpretando o samba-enredo na Linguagem Brasileira de Sinais.

Na atualidade, a Rosas de Ouro se mostra na vanguarda dessa inclusão: a escola tem 20 componentes surdos que desfilam na linha de frente de uma ala, interpretando o samba em LIBRAS, em uma ação organizada pela diretora Vanessa Dias. A escola também contará, nos ensaios para o próximo carnaval, com um intérprete de LIBRAS atuando no palco.

Botequim da SASP