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X-9 encerra primeira noite de desfiles exaltando os batuques brasileiros

Com mais de 1h30 de atraso, a X-9 Paulistana iniciou o desfile que encerrou as apresentações da primeira noite do grupo Especial paulistano. Com o enredo Batuques de um Rei Coroado, a escola da zona norte não perdeu o ânimo, mesmo com a leve chuva que caiu no Anhembi.

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O bom desempenho da bateria “Pulsação Nota 1000”, comandada por Fábio Américo. O andamento de 144bpm ditou o ritmo do desfile da escola da Zona Norte e animou o chão da escola, que correspondeu através do canto. A chegada da manhã deu um toque especial para as fantasias da escola, que com cores cítricas levou uma beleza visual que se fez presente em todo desfile, também nos seus carros alegóricos.

O segundo carro alegórico da escola passou por um problema ao desacoplar um carro dividido em dois eixos e ligados por correntes ou encaixes, deixa de ficar acoplado. Além disso, a alegoria ficou patinando na avenida e isso pode ser um ponto balizamento na apuração de terça, já que comprometeu a evolução.

PRIMEIRO SETOR

A comissão de frente abriu a apresentação de “Batuques para um Rei Coroado” com Iku (a morte) que busca a alma de povos africanos, que tocam seus batuques em suas aldeias. A coreografia da comissão, feita pela coreógrafa Yáskara Manzini representa a resistência de Táíwò e Kéhìndé que com valentia, dizem a Iku que irão parar de tocar se ela parar de matar as pessoas em sua aldeia. A morte aceita o pacto, os gêmeos param de tocar e a morte devolve a alma aos mortos, trazendo-os novamente à vida.

O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Marquinhos e Beatriz (substituindo Lyssandra por conta de uma fratura no tornozelo), veio representando o Minueto, uma dança em compasso de 3/4, de origem francesa e uma composição musical que integra suítes e sinfonias.  O desfile da X-9 Paulistana seguiu no primeiro setor com a representação da integração indígena com os negros vindos da África, formando os batuques de ancestralidade africana e indígena para o Brasil, constituindo ritos, festejos e o sincretismo religioso.

SEGUNDO SETOR

O setor seguinte da escola da Zona Norte se iniciou com sua Bateria. A “Pulsação Nota Mil” levou o ritmo da escola para a avenida, representando em seu figurino a “marujada”, uma dança típica da região Norte e Nordeste do Brasil, dedicando seus versos e ritmos ao descobrimento do nosso país através dos mares. O setor seguiu com a representação de outros ritmos e batuques, entre eles o Carimbó, o Festival de Juriti e o Marabaixo. Todos representados nas alas e na segunda alegoria.

TERCEIRO SETOR

Seguindo sua viagem por os diversos ritmos, a X9 chegou no terceiro setor dando ênfase ao Maracatu. Em sua terceira alegoria, a escola representou a cultura da dança e os movimentos feitos em um dos principais ritmos culturais de Recife. A escola também trouxe em suas alas o Xaxado, o Samba de Roda e o Ticumbi.

QUARTO SETOR

O penúltimo setor da escola trouxe um pouco da paixão que vivemos diariamente: o samba e os desfiles das escolas de samba. Em seus conjuntos visuais a escola homenageou o sambista e os desfiles, que com inicio no Rio de Janeiro, hoje estão presentes em todo território nacional.

QUINTO SETOR

O fim do desfile trouxe para a passarela a coroação do samba, como “Rei do Povo” a escola contou a dimensão em que o samba chegou em São Paulo, e a X9. Mostrando que o samba é o verdadeiro e maior motivo da existência e representação da escola non cenário do carnaval paulistano.

Botequim da SASP