Esse poema, escrito pelo colunista Yuri Coloneze, é uma homenagem da família SASP Carnaval para o inesquecível legado do passista Jhonata Henrique.
Meus sentimentos para todos os familiares, amigos e amantes do samba.
O Passista e o baobá!
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Lembro como se fosse hoje da alegria daquele menino
Sorriso que não guardava o sonho de fazer beleza através daquele carnavalesco hino
Era o baobá carregado por Nenê de Vila Matilde
Mais uma necessária trajetória africana
Celebrada por ancestralidade que o riscado emana
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Gente que respira poesia ao som da batucada que nasceu tão humilde
E que descreve o tamanho do samba no valor do seu riscado
Em ruas, quadras ou passarelas que definitivamente nasceram para celebrar a potência de culturais recados
Nas asas de uma águia que registrou tantos fundamentos
E que infelizmente hoje agoniza dentro de um duro lamento
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Uma perda de uma constelação em compasso
Decifrando a energia da nobreza sincopada em muitos pedaços
Nos pés que se encontram e registram o amor pelo corpo que se movimenta
Bailado sagrado que gera energia para aquilo que nos orienta
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Passista presente
Passista que foi, é e sempre será importante e inesquecível semente
Nada apagará o talento de quem celebrou a força do sambista
Nada apagará o sentimento por alguém que eternizava tão bem o sentido singular pelo espaço que se conquista
A memória se encontra na semente daquele baobá ainda presente na pista
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Muito amor e muito axé na passagem, Jhonata
A gente fica por aqui resguardando a tua poesia que ainda nos arrebata
Tradução maior de riqueza que saiu também lá de Moçambique
E agora também será eternizada contigo através da mensagem carregada em surdos, taróis e tantos outros repiques!