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Compositor vencedor na Colorado e Imperatriz Leopoldinense fala sobre as disputas de samba em SP e no RJ

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Mesmo sem acontecer, o carnaval de 2018 já estará marcado para sempre na vida de Marcio Pessi, compositor de longa data no carnaval paulistano, com diversos sambas na avenida, e que nessa temporada além de vencer a disputa da Colorado do Brás, ele ainda se sagrou vencedor das eliminatórias da escola de samba carioca, Imperatriz Leopoldinense, que no carnaval 2018 fará uma homenagem ao Museu Nacional do Rio de Janeiro com o enredo Uma noite real no Museu Nacional.

Ao lado de Jorge Arthur, Maninho do Ponto, Julinho Maestro e Piu das Casinhas, Pessi conquistou seu primeiro samba no carnaval carioca. Em entrevista para Danilo Dantas, carnavalesco e comentarista da Sintonia SASP, o compositor falou um pouco dessa emoção de vencer na escola de Ramos. “Sobre a sensação de ganhar um samba no Rio de Janeiro e em especial na escola de samba na qual eu torcia quando pequeno, escola essa com uma história fantástica em sambas enredos, inclusive o melhor de todos, Liberdade Liberdade, não tem tamanho, a alegria e a satisfação de poder estar vivendo esse sonho e também levar um pouco do sambista paulista para a terra do carnaval”.

OUÇA O SAMBA DA IMPERATRIZ

O compositor explicou também sobre algumas peculiaridades na disputa da Imperatriz, que durou aproximadamente quatro meses, sendo que a semifinal e a grande final aconteceu de um dia para outro, como tradicionalmente faz a Imperatriz.  “Foram 16 eliminatórias e a semifinal no domingo e a final na segunda-feira… Tivemos a felicidade de acertar um belíssimo samba que foi defendido pelo Tinga e a comunidade de Ramos desde a apresentação do samba, abraçou a obra e caminhando juntos nessa disputa, que teve seu grande momento, na minha opinião, na semifinal, quando acabou a luz da quadra na primeira passagem do nosso samba e a comunidade inteira cantou e cantou muito durante 20 minutos, foi a maior emoção da minha vida como compositor”, recordou.

Com essa disputa, Pessi conseguir sentir mais de perto quais as principais semelhanças e diferenças no sistema de escola de samba dos dois maiores carnavais do país (Rio e São Paulo). Para ele, há muitas diferenças, principalmente por conta das mudanças feitas pelas escolas paulistanas, onde muitas escolhem seus hinos apenas pelo CD. “Eu particularmente não gosto, acho que o samba-enredo você sente ele ao vivo na quadra com o povo cantando, entendo que muitos falam que foi bom para os compositores não gastarem tanto dinheiro, eu não concordo, acredito que tenham outras formas de baratear a disputa sem engessar o samba dentro de um pen drive. No Rio, ainda temos o calor a energia que emana da quadra. Outro ponto para se falar é a cultura que eles levam consigo, é outro mundo nesse sentido, mas o que relato é que nós paulistas temos que ganhar uma medalha por manter viva e fazer crescer ano a ano a cultura do carnaval”.

Por fim, Márcio Pessi falou de sua relação com a Colorado do Brás, escola que buscará o título do grupo de Acesso em 2018 com o enredo Axé, os Caminhos que Levam a Fé, cantando um samba de sua autoria. “Falar da Colorado do Brás é um grande prazer e honra, conheci a Colorado em 2004, onde disputei pela primeira vez a convite do até então garoto Vitor Gabriel e tivemos a alegria de sairmos vencedores. Depois voltei a disputar e ganhei mais duas vezes, onde acabou ajudando a escola a conseguir dois acessos consecutivos e para o carnaval 2018 voltei a sair vitorioso juntamente com meus parceiros Edson Dafhe, Sidney Melodia, Hermes Sobral, Gilson Café e Magrão. Aliás esse samba da Colorado acredito ser um dos mais bonitos que já fiz na minha vida e talvez até seja o mais bonito.E vou muito confiante que esse enredo maravilhoso juntamente com o excelente trabalho da diretoria da escola e do seu presidente Ká vamos entrar no Anhembi com grandes chances de novamente voltar ao grupo Especial do carnaval de São Paulo levando a Colorado ao seu lugar de fato é direito”, finalizou!

Botequim da SASP