Ronny Potolski
A escola mais afetada no incêndio na noite da última segunda, 14, na Fábrica do Samba II, na Zona Norte de São Paulo, foi a Independente Tricolor. Seu barracão praticamente foi reduzido a cinzas. Mas qual o tamanho do prejuízo do carnaval em si?
Antes de mais nada, o mais importante – sem vítimas ou feridos. “No momento do fogo, um de nossos colaboradores estava no banheiro, e escapou pela janela. Mas fomos rápidos na evacuação do local, e ninguém se feriu.” – comentou o carnavalesco Fabio Gouveia, ainda em choque.
O tamanho do prejuízo não é somente psicológico, é também financeiro e de tempo. No local a escola produzia suas 4 alegorias e 100% de suas fantasias. Além disso, é lá que ficam estocados materiais como tecidos, adereços, placas, arames, plumas, espumas, colas e muito mais.
O cronograma da escola estava adiantado, sendo que justamente no dia de ontem estava iniciando o processo de embalagem do carro abre-alas. “Justamente na segunda, embalaríamos o abre-alas, e por isso, era dia apenas para fechamento da alegoria, para embalar o carro”, emendou Fabio.
Além disso, o segundo carro da escola estava também em processo de decoração. Já havia passado pelo processo de ferragens, madeiramento, forração e já estava em decoração para embalar em Novembro.
Os demais carros, estavam no processo de ferragens, mas tudo adiantado em relação ao cronograma da escola.
Por outro lado, as fantasias também foram perdidas, já que 100% são feitas no mesmo hangar, em outro nível. “Estávamos com 8 alas prontas, embaladas”, comentou Marcelo, coordenador de ateliê de fantasias. Outras já seriam finalizadas em breve. Além disso, as fantasias pilotos, também foram queimadas pelo fogo.
Vale resslatar que todos materiais que a escola conseguiu comprar antecipadamente, com muito esforço de fluxo de caixa, foram perdidos. O estoque da escola ficava no hangar, que virou um “quartel general” da produção de seu Carnaval.
A escola informou que ainda não contabilizou os prejuízos oficialmente, assim como a Liga-SP em relação à estrutura. Porém, além da dor do suor e trabalho de cada profissional, ver aquela cena implica em questões financeiras literalmente se queimando.
Ou seja, o tamanho pode ser mensurável financeiramente e temporal, porém o psicológico não há como medir. E isso, sua comunidade, diretoria, colaboradores, e os sambistas em geral, podem ajudar a diminuir.