Oitava agremiação do Grupo Especial a escolher samba-enredo para o próximo carnaval, o Gaviões da Fiel definiu na madrugada deste sábado, 12, o hino que irá embalar o desfile da Fiel Torcida em 2018. O samba campeão foi da parceria dos compositores Luciano Costa, Bruno Muleke,Totonho, Alex, Fabio Palácio, Neto, Reinaldo Jr e Fadico e será o responsável por contar em forma de canção o tema de desfile. No próximo carnaval, o Gaviões será a quinta escola a desfilar no sábado de carnaval no Sambódromo do Anhembi, com o enredo “Guarus – Na aurora da criação, a profecia Tupi… Prosperidade e paz aos mensageiros de Rudá”, que será desenvolvido pelo carnavalesco Sidnei França, recém-chegado da Unidos de Vila Maria.
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Em entrevista para a Sintonia SASP, Sidnei França comentou um pouco da proposta do enredo, que rendeu uma safra de sambas acima da média nos Gaviões e foi aprovada pelo artista. “A nossa proposta era desconstruir essa ideia de enredo CEP pelo enredo CEP e fazer com que o nosso compositor entendesse que queríamos contar uma história. Deixei bem claro aos nossos compositores na explanação do enredo que a ideia não era de fazer uma sinopse musicada para concorrer, mas sim de dar liberdade para eles buscarem palavras, termos, se baseando na sinopse, claro, mas com liberdade. O resultado é esse, uma bela safra”, disse o carnavalesco.
O primeiro samba a subir ao palco foi o de número 5, de Rogério e parceiros. A obra contou com Juninho Branco (intérprete da Leandro de Itaquera) e Alex Soares (do Acadêmicos do Tucuruvi) dividindo o microfone principal. A obra teve um desempenho satisfatório e contou com o apoio de parte do público, além do bom contingente de torcedores.
Na sequência, foi a vez do samba de número 9, de Luciano Costa e parceiros. Anunciado como compositor vencedor horas antes na disputa de samba da Tom Maior, Celsinho Mody (do Acadêmicos do Tatuapé) foi o intérprete principal da parceria. Com grande contingente de torcedores apoiando o samba, a obra sacudiu a quadra dos Gaviões. Destaque para a força do refrão principal e do “falso refrão” do meio, além da riqueza melódica muito bem explorada pelo time de palco e aprovada pela quadra.
Último samba a se apresentar na noite foi o de número 1, de Osvaldinho da Cuíca e parceiros. Com um time pesado no palco, a parceria contou com uma trinca de intérpretes: Agnaldo Amaral (da Nenê de Vila Matilde), Clóvis Pê (com passagens por Mangueira, Mocidade Alegre e Vila Maria) e Emerson Dias (da Grande Rio). O samba teve um desempenho bastante satisfatório e, assim como o segundo samba, sacudiu a quadra. A obra teve excelente recepção por parte dos segmentos, com alguns membros da velha guarda, por exemplo, se aproximando do palco para entoar o samba.
GRANDE RIO E X9 PAULISTANA SE APRESENTAM NA FINAL
Depois dos sambas finalistas se apresentarem no palco dos Gaviões, houve espaço para a confraternização entre coirmãs paulistanas e do Rio de Janeiro.Acadêmicos do Grande Rio e X9 Paulistana se apresentaram na quadra da “Torcida que Samba”. A coirmã tricolor de Duque de Caxias levantou o público presente com seus sambas históricos. Mestre Thiago Diogo e a Bateria Invocada, junto ao intérprete Emerson Dias, fizeram um grande show, relembrando os sambas de 2017 (Ivete do rio ao Rio!), 2015 (A Grande Rio é do baralho!), 2014 (Verdes olhos de Maysa sobre o mar, no caminho: Maricá), 2010 (Das arquibancadas ao camarote número 1, um grande rio de emoção, na apoteose do seu coração), 1997 (Madeira-Mamoré, a volta dos que não foram, lá no Guaporé) e 1993 (A Dança da Lua).
Previamente marcada para anteceder as apresentações dos finalistas, a tricolor da Parada Inglesa foi ao palco, com ritmistas da Bateria Pulsação Nota 1000, dos mestres Kito e Fábio, integrantes dos segmentos e o intérprete Darlan Alves. Eles relembraram sambas como os de 2017 (Vim, vi e venci! A saga artística de um semideus), 2016 (Açaí guardiã! Do amor de Iaçá ao esplendor de Belém do Pará), 2015 (Sambando na chuva, num pé d’água ou na garoa, sou a X9 numa boa!), 2005 (Nascidos para cantar e também sambar) e os sambas dos dois títulos da escola no Grupo Especial, 2000 (Quem é você, café?) e 1997 (Amazônia, a dama do universo).
O anúncio do samba vencedor foi feito pouco depois das 5h30 e recebeu aprovação do público presente. O Gaviões da Fiel tentará no ano de 2018 retomar o caminho das vitórias na elite do carnaval paulistano. A agremiação já conquistou quatro vezes o troféu de campeão do Grupo Especial.