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Eduardo Caetano fala sobre as influências de seu trabalho!

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Por Ainah Carvalho

Ele é o responsável pela produção do desfile da escola, precisa entender sobre a cultura do carnaval brasileiro, ser criativo, organizado, concentrado e é dele a geração e desenvolvimento das fantasias, sem esquecer dos carros alegóricos, apresentados pela escola. São muitos os desafios para ser um carnavalesco e levar o título a agremiação.

No bate-papo em que a reportagem da SASP teve com o carnavalesco Eduardo Caetano, do Camisa Verde e Branco, entendemos um pouco sobre essa importante função. “O carnavalesco geralmente tem um grande peso na escolha do samba, pois temos a ampla visão do que irá para a avenida, e com isto conseguimos detectar o samba mais completo, ou o que melhor expressa o conjunto que irá dar leitura ao enredo, disse”. Sem esquecer do desejo da comunidade: “Além do valor da melodia e a satisfação da comunidade que geralmente influencia muito no resultado final”.

Depois de tudo pronto vem o grande dia e Eduardo acredita que os desafios de comandar uma escola do acesso é grande: “Acredito que seja um pouco maior, pois a escola do acesso deposita no profissional uma grande parcela de confiança e responsabilidade para a chegada ou retorno ao especial. No meu currículo somo mais trabalhos no acesso do que no especial”.

Trabalhar os 365 dias é um grande estímulo para fazer um grande carnaval que ano a ano vem se aperfeiçoando, e nesse meio é necessário muito jogo de cintura: “Nos deparamos com desafios, dificuldades e egos como em muitas outras profissões. Mas tem o lado bom de tudo isso: existe também o prazer, novas descobertas, novas amizades e assim vai se equilibrando”, ressaltou.

Os grandes carnavalescos, são reconhecidos por imprimirem seu estilo pessoal nos desfiles e pela preferência por temas específicos. Eduardo está na expectativa de fazer um grande desfile para a comunidade da Barra Funda, que não participa do grupo especial desde 2012. “O deste ano apesar de ter ficado pouco tempo na gaveta sempre quis fazer um enredo com musical infantil”. A agremiação levará para seu desfile no grupo de Acesso o enredo Orin, Orin – Uma viagem sem fim… Quando os tambores ecoam na floresta, a Barra Funda está em festa.

OUÇA O SAMBA 2019 DO CAMISA

Todo carnavalesco tem o enredo dos sonhos guardado na gaveta, é o momento de transbordar o semblante de gratidão ao trabalho feito e com Eduardo não foi diferente.

“Geralmente meus carnavais me agradam. Posso dizer, em 2005 Mancha Verde por ser minha chegada ao Especial; 2012 Dragões da Real, emocionante; 2015 Vai-Vai, na comissão de carnaval, trabalho histórico e 2017, na Mocidade Unida da Moóca, uma plástica com leitura perfeita”, lembra feliz.

Aceitar o convite para assumir o trabalho que um outro carnavalesco já tinha assumido é desafiador, mas o carnavalesco assume esse grande papel tranquilamente: “Isso aconteceu duas vezes. E não me incomoda desde que eu possa ter a liberdade de mudar ou adequar aquilo que não gosto ou não concordo”.

Eduardo Caetano pretende vencer essa provocação com muito trabalho: “O desafio hoje é concluir e finalizar bem o projeto uma vez que é sabido por todos que a Camisa é uma escola sem verba e o outro grande desafio é trazer a comunidade de volta e fazer acreditarem neste novo trabalho”.

O artista finaliza o bate-papo falando sobre o que a comunidade pode esperar para 2019. “Um Camisa Verde e Branco repaginado, com trabalho alegre, divertido. Agora vou inverter a pergunta (risos). O que eu quero esperar da comunidade: forte, feliz e tendo a garra de antigamente”, completa.

Botequim da SASP