O sambista do carnaval de São Paulo acordam na manhã desta quinta, dia 4, com a triste notícia do incêndio no ateliê de fantasias da escola de samba Acadêmicos do Tucuruvi, que no carnaval desse ano levará para seu desfile na primeiro noite do grupo Especial, em 9 de fevereiro, o enredo Uma Noite no Museu.
Logo após a notícia ser veiculada, sambistas de diversas escolas lamentaram o ocorrido, mandando mensagens de força para os componentes da Tucuruvi usando as hashtags #ForçaZaca e #ForçaTucuruvi. Uma das primeiras a se manifestar foi a porta-bandeira oficial da Mancha Verde, Adriana Gomes, que deixou uma mensagem no perfil do carnavalesco da escola, Flávio Campello. “Aos amigos do Zaca força aí….. Flavio Campelo, tenha fé tudo vai dar certo. Das cinzas se renasce pra vitória”, comentou.
Segundo informações extra-oficiais obtidas por nossa reportagem, o incêndio começou por conta de um curto circuito na cozinha do espaço, que há anos é usado pela escola para confecção e armazenamento de fantasias. O incêndio não feriu ninguém, porém todas as fantasias da escola que já estavam prontas para serem distribuídas para seus componentes foram incendiadas, o equivalente a 70% do carnaval da entidade. Neste momento, a polícia está periciando o local.
Incêndio no ateliê de fantasias da Acadêmicos do Tucuruvi
Outras fatalidades
Essa não é a primeira vez que uma escola de samba paulistana sofre com um incêndio faltando semanas para o desfile oficial. Um levantamento feito pela equipe SASP relembrou algumas fatalidades: Em 2012, a Mocidade Alegre perdeu por parte de suas alegorias e adereços em um incêndio em seu antigo barracão, localizado na região da Barra-Funda. A Mancha Verde passou por um problema parecido no carnaval de 2006, quando um faísca de solda incêndio três alegorias da escola na semana do carnaval. Em 2003, a Unidos do Peruche também sofreu um grande incêndio, perdendo todos os carros. O fato fez com que nenhuma agremiação fosse rebaixada naquele ano.
A própria Tucuruvi já sofreu com problemas em seu barracão. Em 2014, o barracão da escola pegou fogo, mas dessa vez após o carnaval. A entidade perdeu todas as estruturas de alegoria e isso resultou na sua mudança para o barracão na Fábrica do Samba. Já em 19 de janeiro do ano passado, o aderecista Anacleto Azedo, natural da cidade de Parintins, morreu após cair de uma das alegorias da escola, dentro da Fábrica do Samba.