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Especial Mestres: “Traremos uma bateria bem tocada e com uma pitada de maldade, revela Neninho.

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Fernando Moreira é o exemplo de sambista. Nasceu e cresceu dentro da quadra do Camisa Verde e Branco. Filho do Mestre Neno, Fernando fez seu primeiro desfile em 1992, com apenas 2 anos de idade, onde desfilou no colo do seu avô e Padrinho, Pelezão: “Já em 1994, com 4 anos, eu entro pra bateria tocando repinique, mas só toquei metade do desfile, porque eu comecei a chorar (risos). O Mestre Sombra estava do lado acompanhando a bateria, o meu pai não sabia muito o que fazer e pediu pra eu ir com o Sombra, e ele me ampara. Eu tenho o Mestre Sombra como padrinho”, revela. Neninho. Continuou como ritmista da agremiação da Barra Funda até 2005: “Com 12 anos me torno o primeiro repique da bateria, porque antigamente tinha isso. Aos 13 me tornei mestre da bateria mirim. Com 17 meu pai me coloca como diretor, e permaneço até os meus 19 anos. Depois disso eu saio do Camisa pra estudar música e me dedicar ao futebol, mas essa parte não deu certo” (risos), acrescenta.

Em 2012, Fernando Neninho se torna mestre da União da Vila Albertina. Pouco tempo depois, recebe o convite do Camisa Verde e Branco para se tornar o principal diretor da Furiosa, no qual permaneceu quatro anos (2014, 2015, 2016, 2017). Nesse carnaval, Mestre Neninho esta à frente da Swing da Mada, batucada da Pérola Negra, que desfila junto com o Camisa no grupo de acesso.

Num bate papo descontraído com a equipe de reportagem da SASP, Fernando Neninho comentou sobre sua chegada:

“Foi uma recepção bacana, bastante animadora, como se fosse uma contratação de peso né. O trabalho está fluindo, bem do jeito que esperávamos, até um pouco mais. Nota mil”, afirmou.

Com pouco tempo de trabalho, a bateria da Pérola Negra já apresenta traços novos em sua ritmo. A Swing da Mada mantém seu andamento entre 148 e 146 BPM. Os surdos são afinados no tom médio, um pouco mais puxado para o grave. As caixas carregam duas batidas, as de cima faz a batida partido alto, e as de baixo, batida direta. A levada do surdo de terceira tem oito compassos. O desenho de tamborins é trabalhado na melodia do samba, com poucos contratempos.

As bossas são de grande maioria criada pelo Neninho, cerca de 70%. Os desenhos de tamborim são de responsabilidade do diretor do instrumento.

E sobre o nome da bateria “Ritmo Terror”, ele comenta: “Olha, eu não sei o razão desse nome” (risos), “Acredito que foi uma gestão do mestre Pateta. Quando fui contratado a diretoria pediu pra que eu retornasse com esse nome. Hoje temos dois nomes, Ritmo Terror e Swing da Mada, os dois estão certos”.

A Pérola Negra será a 7° escola a desfilar pelo grupo de Acesso com o enredo: Numa viagem arretada por terras nordestinas, a Jóia Rara do Samba embarca no Trem do Forró rumo ao maior São João do Mundo: Campina Grande, desenvolvido pelo carnavalesco Anselmo Brito.

“Podem esperar uma bateria que vai trabalhar para escola. Um ritmo consistente que valoriza o ritmo, mas com muito swing. Estamos com duas bossas, uma é certeza que levaremos pra avenida. Traremos uma bateria muito bem tocada mas um pingo de maldade, se eu passo seco na avenida perigoso de receber até vaias”, promete Mestre Fernando Neninho.

Botequim da SASP