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Poesia Dí Quinta – Oxalá – Sagrada luz branca que espanta a morte!

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Olá, pessoal!

A poesia popular que compreende o final desse ano tão difícil precisava reverenciar a potência de Oxalá!

Uma homenagem ao início do mês de dezembro e ao lindo enredo desenvolvido pela Águia de Ouro!

Salve o “Cortejo de Babá” e o Afoxé de Oxalá em meio a esses tempos!

Poema inspirado no texto “Oxalá cria a galinha-d’angola e espanta a morte”, do livro “Mitologia dos Orixás”

Boa leitura!
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Oxalá – Sagrada luz branca que espanta a morte!
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Para a lenda que se mistura com a realidade avassaladora da morte
Em ano de tantas perdas, a oração segue o pedido de amor e maior sorte
Na perda que afeta tanta gente de tanta forma
Sintetizada no verso e na palavra que o afoxé sagrado de Oxalá confirma e conforma
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É a poesia que pede iluminação e misericórdia debaixo do Alá que guarda esse povo
E assim nutre o axé registado em seu opaxorô de novo
É o cajado que norteia a mensagem
E alimenta o terreiro em brilho branco que anuncia a riqueza dentro da genuína imagem
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E assim a oferenda se oferta com carinho
Galinha preta e pó de giz efum que alumia a iniciação de cada iaô dentro de seu particular caminho
E seguindo a ordenação
Pintaram as pontas das penas da galinha preta nesta terra
Em canto que anseia pelo término da dor nesta guerra
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E quando a morte observa o animal, ela se assusta com a mística
Registrada pouco a pouco por meio dessa vertente artística
Pela lenda que registra a saída da morte daquela cidade
E a sabedoria de Oxalá resiste no esplendor maior da ancestralidade
É galinha d’angola e o desejo maior de esperança
Para quem sonha tal qual o brilho de uma singela criança!

 

 

Yuri Coloneze – suburbano, portelense, poeta popular, apaixonado pela festa na fresta e também pelo carnaval de São Paulo!

Botequim da SASP